Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Ainda vivemos sob os efeitos perversos da privatização da Celpa

Nesse festival de incoerências e papagaiadas, após o anúncio da majoração da tarifa de energia elétrica no Pará, pelo menos uma coisa positiva veio à tona ontem, durante audiência pública na Assembleia Legislativa do estado, e funcionou como bofetada com luvas de pelica na cara de quem tenta eximir-se de suas enormes responsabilidades com a atual distribuição da energia elétrica à população paraense.

O golpe certeiro partiu da deputada petista Bernadete Ten Catten ao desnudar a empulhação eleitoreira que motiva a encenação tucana de se posicionar contra o famigerado reajuste, disse a deputada, "Esta Casa aprovou uma taxa minerária e o Governo do Estado a reduziu em dois terços, renunciando a quase R$600 milhões por ano de empresas grandes. Por que não poderia abrir mão de R$25 milhões do ICMS que cobra da população na tarifa de energia? Isto sim seria uma postura coerente com a ação que ingressou na justiça".

Mas aí está o busilis da questão: uma coisa são os interesses da Vale, mineradora/mãe(da candidatura de Simão), e outra são os interesses da população paraense, menores diante do gigantismo argentário daquela empresa. Por isso, o representante do governador exorta o governo federal a abrir mão do PIS e da COFINS, cobrados em todas as unidades da federação, usando essas cobranças como álibi pra não reduzir a taxa de 25% de ICMS cobrados da população na conta de energia da população.

Não por coincidência, quando a Eletrobrás estabeleceu a compra através de leilões da energia, forçando as distribuidoras a baixar o valor que cobravam porque ficou tornado público o preço que pagavam pela sua aquisição, apenas São Paulo, Minas Gerais e Paraná, sob governos tucanos, não aderiram aos leilões, àquela altura podiam porque suas concessões ainda não estavam no período de renovação, condição para que fossem renovadas, daí o preço ter baixado em quase todos os estados menos nos três citados.

Fica, assim, comprovado que o governo do estado só será visto como aliado dos interesses da população quando livrar-se do trauma de ter entregue esse serviço essencial nas mãos de uma quadrilha que destroçou o setor. E, mesmo depois desse tsunami, ainda foi beneficiado com um aval dos cofres públicos para contrair empréstimo bancário, por sinal, pago até hoje pelo contribuinte paraense. Sem essas explicações, o que transparece é a desconfiança.

Um comentário:

Anônimo disse...

A Escola Estadual Pitágoras,recheada de temporários (permanentes), na cidade nova 8, vive arrumando atividades nos dias de sábado, e os professores (coitados) ainda são pressionados para doar dinheiro para o lanche. Isso é o choque de gestão!!!