Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Xô, pessimismo!


A presidente Dilma Rousseff (PT), candidata a reeleição, voltou a falar do sentimento pessimista disseminado em relação à economia nacional. Na última segunda (28), a petista tocou no assunto em encontro com jornalistas da Folha, Uol, SBT e Joven Pan. Na ocasião, Dilma fez um paralelo com o negativismo em torno da realização da Copa do Mundo no Brasil. Dessa vez, durante sabatina da Confederação Nacional da Indústria (CNI), ela reconheceu a influência disso sobre a disputa eleitoral.

"Quando você tem de enfrentar um desafio ou uma crise, em qualquer atividade, em especial na economia, a pior coisa a fazer é ficar pessimista. O pessimismo tem consequências graves. Na economia, por dois motivos: primeiro, porque sabemos a influência das expectativas no mundo globalizado. Negativismo e pessimismo bloqueiam soluções e realizações. Segundo, porque reforça a realização de profecias negativas em períodos eleitorais."

Na visão da presidente, a Copa em solo tupiniquim é um grande exemplo de previsões sem embasamento palpável que, consequentemente, seram errado. Nas vésperas do mundial, a imprensa e diversos setores da sociedade potencializaram o discurso derrotista.

"Além da Copa, tivemos outros surtos de profecias pessimistas que não se realizaram. Caso da [previsão de que o país viveria uma] tempestade perfeita, uma crise cambial avassaladora, com resultado similiar ao que acontecia aqui antes de 2003, diante de crises internacionais: o Brasil tinha de recorrer ao FMI [Fundo Monetário Internacional] e desmanchar toda nossa economia", disse Dilma.

"Essas profecias pessimistas não se realizaram nem se realizarão. No caso da tempestade perfeita, porque somos um país que não tem mais apenas 37 bilhões de reservas cambiais, como em 2002. Temos 10 vezes mais, 380 bilhões de reservas, um banco com o Brics e um Banco Central ágil", acrescentou.

A petista citou como segundo exemplo de pessimismo atrelado a sua gestão no Planalto a expectativa de racionamento de energia. Segundo Dilma, nos últimos quatro anos, o governo federal investiu em produção de energia o que o governo Lula aplicou em dois mandatos presidenciais. "Nós duplicamos nossa rede de transmissão. Enfrentamos um nível de seca muito maior do que 2001 [durante o governo Fernando Henrique Cardoso, quando foi decretado racionamento]. Não teremos racionamento agora, nem no futuro", garantiu.

Dilma sustentou que as administrações petistas, no plano federal, construíram "uma base sólida para a economia, com efeitos positivos que serão vistos a médio e longo prazo". Ele recordou do impacto da crise internacional de 2008 na indústria, e frisou que a União tomou iniciativas para amenizar seus efeitos no país, com foco na garantia do emprego e acesso à crédito para manter o ritmo de consumo. Alguns empresários, entretanto, apontaram que o setor não teve incentivo à produção condizente com a demanda.

Para um possível segundo mandato, a presidente afirma que discutirá propostas para "um novo ciclo, que chamamos de competitividade produtiva". As ideias, segundo afirmou a chefe do Executivo, serão detalhadas ao longo da disputa eleitoral. Ela adiantou a defesa da reforma tributária, mais investimentos em infraestrutura, parceria com a iniciativa privada, formação de mais profissionais que atendam à demanda imediata por mão-de-obra industrial, redução da burocracia do Estado, entre outros pontos.

(Jornal GGN)

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