Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 29 de julho de 2014

A necessidade de renascimento do nosso Cine Olímpia como cinema de arte

Segundo bela matéria da repórter Mariana Lima, no site Carta Maior, a prefeitura de São Paulo reabriu o lendário Cine Belas Artes e com isso pretende fazer ressurgir os cinemas de rua, notadamente esses que contribuem pra igualmente fazer ressurgir junto o debate cultural impossível de ocorrer nesses 'caixotes' de shoppings.

Ainda, segundo a matéria, "Com o valor de ingresso abaixo dos demais shoppings da Paulista e iniciativas populares de acesso ao cinema, como o Dia do Trabalhador, que garante meia-entrada às segundas-feiras, a aposta de André Sturm(administrador do espaço) é que o cinema retome o espaço de protagonista no cotidiano dos cinéfilos de São Paulo. “O Caixa Belas Artes tem uma programação diferente com filmes de qualidade, os quais ficam mais tempo em cartaz, fora a exibição de clássicos – então, além do público geral, o cinema, com certeza, atrairá mais cinéfilos, que querem assistir filmes clássicos (muitas vezes até com aqueles risquinhos que trazem um clima especial), mas num ambiente de cinema”."

Assim, depois de décadas de tirania dos infames blockbusters e de uma plateia gutural, dispersa e pantagruélica, parece que o cinema tem a oportunidade de voltar a fazer parte da vida cultural de uma cidade, dando oportunidade às novas gerações experimentar aquela alternativa cultural dos anos 60/70, do século passado, quando a exibição de filmes de qualidade contribuiu para criar um segmento crítico, reflexivo e adverso ao clima de varejo cultural que a ditadura militar tentava impor através do seu já chocado ovo da serpente chamada Rede Globo

Seria bom que os segmentos culturais aqui da terra tivessem atitude semelhante, na perspectiva de fazer o Cine Olímpia voltar aos tempos das memoráveis sessões de arte que produziam efeito semelhante. Assim como a reabertura do Cine Belas artes é fruto de um manifesto contendo 100 mil assinaturas; bem que nossa inteligêntsia poderia fazer manifestação semelhante. É verdade que Zenaldo não é Fernando Haddad, principalmente no quesito sensibilidade social, no entanto, os exemplos recentes dos êxitos conseguidos pela mobilização da população pode significar fator de convencimento oficial, no sentido de que seja operada uma parceria com a Caixa Econômica, como ocorreu em São Paulo, e mais algum agente cultural disponível, fazendo tornar a Belém o hábito de assistir bons filmes em cinemas dignos desse nome. Será? 

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