Jorge Paz Amorim

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Que se lixe o Brasil, vou ser impopular, mas entrego tudo porque a grana que vou receber é altíssima, Diz o pulha Aébrio Never

Em palestra concedida na última segunda-feira 31 a empresários em São Paulo, o presidenciável do PSDB, senador Aécio Neves, expôs sua intenção em rever o modelo de partilha utilizado hoje para a exploração do petróleo na área do pré-sal. Sua proposta, caso seja eleito, é retomar o modelo de concessões, vigente durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
A mudança "seria um grave erro para o interesse dos brasileiros", disse ao 247 Haroldo Lima, diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP) na época da descoberta das jazidas do pré-sal, durante o governo Lula. Segundo ele, a alteração "contraria os interesses nacionais", uma vez que procuraria "satisfazer os interesses das multinacionais" na exploração de grandes áreas de petróleo.
No Brasil, a exploração de petróleo é dividida em dois modelos: o de concessão, que domina a maioria dos trabalhos no setor brasileiro e se aplica a casos em que se acredita que exista uma quantidade pequena ou média de petróleo, e onde há alto risco exploratório; já o de partilha é usado apenas em casos em que há grande quantidade de petróleo e, portanto, baixo risco exploratório.
No caso do Brasil, o modelo de partilha se aplica apenas à área do pré-sal, única de baixo risco exploratório no País. Segundo Haroldo Lima, é assim que o setor funciona no mundo todo. "Temos que levar em conta os interesses nacionais, e para não perdê-los de vista, temos que olhar os hábitos que existem no setor do petróleo. Esse é o costume normal no mundo. Essa divisão não é inovação do Brasil", disse.
O argumento do especialista de "satisfazer os interesses das multinacionais" se explica da seguinte forma: no regime de concessões, a Petrobras precisa competir com empresas privadas nacionais e estrangeiras para ter acesso a novas reservas, enquanto no modelo de partilha, instituído em 2010, no governo Lula, o governo fica com a maior parte dos lucros obtidos na exploração e a Petrobras é parte obrigatória na exploração de todos os campos.
Segundo Haroldo Lima, no modelo proposto por Aécio, os grupos estrangeiros tentariam negociar para explorar grandes áreas de petróleo em outros países, como Rússia e México, e não conseguiriam, mas encontrariam as portas abertas no Brasil. "Eu espero que esse ponto de vista que você está me dizendo, que foi apresentado, não seja feito, porque é um golpe nos interesses brasileiros", disse ele.

(Brasil247/Aposentado Invocado)

Nenhum comentário: