Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sábado, 5 de abril de 2014

Cidade sitiada, governo sitiado por sua própria estupidez

De nada adianta o jornal O Liberal adotar integralmente os argumentos oficiais do governo para justificar a estupidez politco/administrativa de conceder 110% de reajuste no soldo dos oficiais da Polícia Militar e apenas 10% no dos do andar debaixo. Pior, debitar a responsabilidade pelo levante dos que se sentiram injustiçados, e transformaram a entrada da cidade em sucursal do inferno, na conta de Jader Barbalho constitui-se um canhonaço no próprio pé midiático/governamental.
Todo esse esforço é em vão. Primeiro, porque o jornal joga no lixo precariamente recolhido por Zenaldo Lorota Jr o último fio de credibilidade que ainda podia ter, ao resgatar convenientemente seu viès reacionário de tratar um movimento legítimo como balbúrdia, vale dizer, faz o que sempre fez ao longo de sua trajetória pós 1964, daí ser identificado com a repressão, qualquer repressão, por toda manifestação popular que vai às ruas. Por isso, é duplamente desacreditado, tanto quanto faz matérias positivas a respeito de protestos contra governantes que não lhe são simpáticos, sendo esse oportunismo facilmente identificado e repudiado, conforme foi constatado em junho do ano passado; e depois quando recorre descaradamente ao blábláblá oficial do governador tucano, sem ao menos dar-se o trabalho de construir argumentação de matiz jornalístico.
Segundo, porque aceita passivamente a insanidade do governador, sem ao menos dar a pista de que faz algo que contribua para reduzir o evidente desgaste a que está submetido o governo estadual. Fizesse todas as críticas ao que considera oportunismo barbálhico para agravar a crise, no entanto, tivesse a dignidade e o respeito a quem passou longas horas ontem presa no trânsito, para admitir que esse anúncio governamental foi, no mínimo, burro.
Com efeito, se o governador acreditou na lábia de seu staff fardado que poderia acalmar as insatisfações da tropa dando o reajuste que deu às patentes mais altas e essas, através da intimidação, conteriam a revolta dos olvidados, então, ele foi trouxa. Tão trouxa quanto foi na ocasião em que acreditou que a mídia brega do eterno presidente do PMDB  não causaria danos à sua imagem porque estava blindado pela força da mídia chic dos Maioranas, resultando essa crença na colocação de Simão entre os governadores campões em rejeição.
Da mesma forma, manter a mesma condução política dessa situação como atualmente, esta, sim, a maior responsável pela barafunda em que se transformou a entrada de Belém, é renunciar ao bom senso e fechar mais um porta na cara do governador. Este cada vez mais isolado na sua Versalhes imaginária, julgando tolamente que o que ouve em seu entorno é o eco da voz da multidão. Credo!

Um comentário:

Anônimo disse...

É o choque de gestão LORÓTICO do JAMENTE! Aumento astronômico para os correligionários (preguiçosos)e ("com muita luta dos sindicatos pelegos")apenas reposição da inflação.