Diante das estripulias administrativas do atual alcaide belenense, o ex, o voraz ladravaz D. Costa, sentiu-se moralmente(?) desimpedido de qualquer reclusão política, forçada por eventuais acusações a sua gestão à frente da PMB.
Com o aval do presidente nacional do PTB, Benito Gama, e com o apoio declarado do presidente regional de seu partido, pastor e deputado federal Josué Bengston, D. Costa anunciou sua candidatura, que pode significar o sepultamento da polarização entre o governador tucano e o opositor pemedebista.
Atualmente chamando urubu de meu louro, posto que praticamente isolado politicamente, basta ver nota do bibelot castrense do papelucho privata e reacionário que se diz liberal saudando efusivamente a presença de 30 prefeitos em efeméride sob o comando de Simão, interpretando o fato como 'demonstração de prestígio' embora o Pará tenha 144 alcaides, aparentemente o governador acaba beneficiado por esse anúncio. Não só pelas ligações históricas entre tucanos e D. Costa, mas, principalmente pelo recall deste, ainda bem quisto em áreas que Simão jamais iria e se fosse seria execrado. Assim, em um eventual segundo turno, D. Costa poderá ser muito útil ao projeto de reeleição de Lorota, por sinal, de quem já é aliado, principalmente agora que o PT abdicou de seu protagonismo histórico.
Desconheço qualquer trabalho mais relevante da ciência política parauara a respeito da importância do radialista Carlos Santos na eleição de Jader Barbalho a governador, em 1990. Naquele momento, de grande desalento com a classe política da terra(será que esse desalento passou?), o campo estava aberto a qualquer aventureiro que pintasse como novo e Santos era um artista de grande simpatia popular. Então, candidatou-se ao governo e tinha grandes chances de fazer um estrago na candidatura de Barbalho, já que transitavam aonde o elitista Xerfan não entrava.
Jader acabou convencendo o radialista a ser seu vice, em lance de grande maestria, e acabou ganhando a eleição contra o candidato do governador da época e da mídia que monopolizava a opinião pública. Guardadas as nuances próprias da conjuntura atual, Dudu pode desempenhar papel semelhante em outubro próximo. Resta saber como a expertise barbálhica trabalhará esse fato, que agora parece conspirar contra seus planos, ao contrário do que ocorreu em 1990.
Um comentário:
Boa a sua análise. As chances do Jatene cresce a medida que vc vê que os prefeitos que estão chegando junto dele, tem milhares de eleitores. E, agora com a quarta candidatura (Jatene, Barbalho, Aracely e Duciomar) resta ao PT assistir uma triste sina de ser coadjuvante, quando poderia ser protagonista (porque tem Quadro, inclusive a ex-governadora Ana Júlia) e acabar vencendo essas eleições. Neste caso a balança pode pender novamente para o Jatene.
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