Nesta
segunda-feira (17), um jornal regional de Jaraguá do Sul, Santa
Catarina, “O Correio do Povo”, divulgou uma reportagem da colunista e
editora de política Patricia Moraes, desmentindo a matéria da Veja que
denunciava suposta pressão do governo cubano e do Ministério da Saúde em
manter os médicos da ilha no Brasil.
A matéria da Veja afirmava que
Vivian Isabel Chávez Pérez, uma “capataz”, teria ameaçado duas médicas
cubanas e conseguiu mantê-las em Jaraguá do Sul. Uma das médicas citadas
pela revista é Yamile Mari Min.
A colunista visitou Yamile, que está
no posto de saúde do Bairro Santa Luzina, na cidade. Ela disse que foi
procurada por Veja, mas que se negou a falar por já saber que parte da
mídia está tratando o assunto com direcionamento político.
“Eu e
todos os médicos cubanos sabíamos quanto iríamos ganhar ao vir ao
Brasil. Ninguém é obrigado a nada, a gente se inscreve sabendo de tudo.
Eu estou aqui para ajudar o meu país”, disse Yamile Mari Min um pouco
mais a vontade, depois do temor e desconfiança que a reportagem da Veja
gerou na médica.
Outra profissional que desmentiu a matéria para o
jornal de Jaraguá do Sul foi Nádia Silva, a coordenadora de Atenção
Básica da cidade, que segundo a reportagem da Veja, teria dito: “(elas)
sofreram um impacto psicológico muito grande por causa dessa diferença
de tratamento (salário). Não havia uma semana que não reclamassem das
dificuldades de viver aqui”.
Nádia contestou a publicação. “Na
verdade saiu tudo diferente do que a gente falou. Não sei se eles tinham
um interesse com a matéria, mas estamos muito chateados”. Ela admitiu
que, em dezembro, duas médicas pensaram em deixar o município, mas
acredita que por dificuldade e estar longe da família e amigos.
Também
o secretário de Saúde, Ademar Possamai (DEM), desmentiu o caso. Ele
disse que, em dezembro, as médicas estavam com dificuldades de adaptação
e quase chegaram a se desligar, mas o problema foi solucionado depois
que o Ministério da Saúde entrou em contato com elas.
(GGN/via Blog do Saraiva)
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