Muitas dúvidas já pairam sobre a figura que a polícia apresentou como réu confesso do assassinato do cinegrafista da Band. Não bate em nada com o perfil traçado pelo tatuador, sábado último(8) à Globo News, quando falou de alguém bem alto, branco e corpulento, muito diferente do pardo, franzino e estatura mediana apresentado pela polícia.
Nesse momento de muitas ilações, auto defesa inverossímil, acusações vagas e até silêncio como forma de eximir-se de culpa tudo que não se precisa é de bodes expiatórios, ante o que é inaceitável essa postura coubertainiana do Ministro da Justiça, ignorando a possibilidade de que se possa estar diante de uma versão diversionista do fato, apenas para proteger o verdadeiro assassino de Santiago.
Com efeito, a Polícia Federal têm meios de descobrir se o candidato a bode expiatório é, de fato, o assassino ou se foi pinçado lá de uma pousada em Salvador para pagar por alguém aquilo que não fez, em nome de um ocultamento que pode muito bem tentar preservar um branco de classe média, capaz de desvendar mais coisas que estão por trás da tragédia do cinegrafista, esclarecendo aquilo que importa saber nesse momento: quem é que responde por esse tipo de barbárie, que alguns celerados enxergam como forma revolucionária de protestar em uma sociedade marcada pela exclusão.
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