Não acredito que a DS nacional ao menos cogite barrar o caminho da candidatura da ex-governadora do Pará Ana Júlia Carepa à Câmara Federal, acho até que o jornal Diário do Pará exagera no registro desse pouco provável fato, como se fosse motivo de tensões inevitáveis para um futuro próximo.
No entanto, se essa ideia de candidatura única da tendência for confirmada, então, é hora da militância cerrar fileiras naquilo que Ana expôs cristalinamente. Quem já exerceu o papel de Senadora da República e governou o estado não pode ficar refém da decisão de um grupo menos representativo, quando sua representatividade empresta ao PT e ao conjunto das forças democrático/populares um peso incomensurável na perspectiva de reverter uma composição majoritariamente conservadora de nossa representação federal. Ignorar isso é talvez até pior do que abrir mão da disputa majoritária.
Que o bom senso prevaleça e que a DS não faça apologia da 'candidatura natural', algo tão caro à direita na medida em que está na essência da formação de seu coronelato político. Claro que a candidatura do companheiro Claudio Puty tem toda a legitimidade, principalmente pelo admirável desempenho verificado ao longo desses quatro anos, conforme atesto o próprio DIAP. Todavia, não cabe, nesse momento, uma tendência do PT represar a participação de seus integrantes no processo eleitoral próximo, ainda mais quando esses estão entre os melhores nomes postos à disputa, sem qualquer demérito aos demais pleiteantes. Que assim seja!
Jorge Paz Amorim
- Na Ilharga
- Belém, Pará, Brazil
- Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.
2 comentários:
Eu como tucano, não entendo porque a ex-governadora Ana Júlia Carepa, com índices significantes de cerca de 25 pontos, em uma pesquisa eleitoral, não se recandidata ao governo e vai ficar submissa ao que o partido decidir. Os petistas devem repensar: Sem candidato próximos suas bancadas vão enbcolher no estado do ´Pará. Concordas comigo caro blogueiro ?
Concordo. É a repetição da trapalhada feita em 2012, quando lançou o professor Alfredo a prefeito de Belém apenas para dar satisfações à militância, mas muitas de suas lideranças estavam mesmo era de olho comprido em uma sonhada(ou delirada) vitória do pemedebista Priante. Resultado: reduziu sua bancada de seis vereadores à metade e transferiu ao PSOL a primazia do maior partido de esquerda da capital paraense.
Agora, o partido prepara a 'alfredização' em âmbito estadual. Nada contra o professor Alfredo, um valoroso companheiro, o problema é que as coisas no PT do Pará funcionam de forma insólita, em que a conjuntura política é vista a partir da conveniência de grupos, daí o partido crescer como rabo de cavalo.
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