Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 19 de janeiro de 2014

PT livra-se do 'chulé' pemedebista no RJ e abre caminho a Lindbergh Farias na sucessão

Em convenção realizada neste sábado, que teve a participação do presidente nacional do partido, Rui Falcão, o PT-RJ finalmente decidiu sair do governo Cabral, o que constitui uma vitória especial para o senador Lindbergh Farias, cuja candidatura ao Palácio Guanabara dependia desse movimento para se consolidar.

Os estrategistas da campanha de Dilma (entre eles, Lula) atrasavam a saída do PT do governo Cabral por temer a agressividade de alguns caciques do PMDB fluminense. Alguns dos mais temidos líderes pmedebistas estão no Rio, como Eduardo Cunha e Jorge Picciani. O primeiro tornou-se um dos mais influentes líderes do “centrão” a nível nacional, e não só junto ao PMDB. O segundo, presidente do PMDB-RJ, nunca hesitou em fazer ameaças diretas à campanha de Dilma, na tentativa de minar a candidatura de Lindbergh e forçar o PT a apoiar o candidato de Cabral, Luiz Fernando de Souza, o Pezão.

Picciani certamente ainda não engoliu a sua derrota na campanha para senador em 2010, quando era o candidato de Cabral e, em tese, também da base aliada. Lindbergh veio correndo por fora, recebeu apoio de Lula e Dilma, e ganhou a eleição, ocupando uma das duas vagas abertas aquele ano. A outra foi ocupada por Marcelo Crivella.

Entretanto, Lindbergh tem dois trunfos importantes. Um deles é o derretimento incrível da aprovação do governo Cabral. O governador caiu de um arranha-céu. Elegeu-se com votação recorde, entrou no início do governo com popularidade nas alturas, e agora encerra a sua gestão como o governador mais impopular no país.

Cabral não é mais, definitivamente, um bom cabo eleitoral para Dilma Rousseff.

Lindbergh, por sua vez, pode ser de grande valia para a campanha presidencial petista, além de oferecer uma alternativa de esquerda a um eleitorado que, após as manifestações de junho, radicalizou-se de maneira notória. Aliás, uma coisa liga-se à outra.

O senador nasceu politicamente no meio de manifestações juvenis, conhece a dinâmica, as contradições e as ansiedades do jovem que protesta na rua. Terá condições, portanto, de lidar com um dos vetores mais delicados do processo eleitoral deste ano – e não só a nível regional – com um know how que talvez falte aos estrategistas do Palácio do Planalto.

O segundo trunfo de Lindbergh é sua posição nas pesquisas de intenção de voto. Uma das mais recentes, feitas pelo Datafolha em novembro do ano passado, o posiciona num confortável segundo lugar.
(Tijolaço)

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