O jornalixo que se desmancha em suas manchetes

Fora o deplorável espetáculo televisivo programado por Joaquinzão Carcereiro e os patrões do filho deste, Rede Globo, na ocasião da prisão dos réus petistas da AP 470, talvez o momento mais acanalhado entre todos os presenciados no ano passado, e olha que não foram poucos, foi a manchete da Folha de São Paulo a quando do desbaratamento da quadrilha do ISS, instalada na prefeitura paulistana pelo tucano José Serra e mantida pelo pessedista Gilberto Kassab, destacando que o "prefeito sabia de tudo". Como o prefeito Fernando Haddad já havia tomado posse, então, para a grande maioria ficou claro que a notícia referia-se a este, quando, na verdade, era uma declaração de um mafioso pego com a boca na botija dando conta que Kassab sabia da ação daquela máfia, mancomunada com segmentos do mercado imobiliário.

No cinquentenário do golpe que nos levou à pior ditadura que já experimentamos, o mais espúrio rebento midiático daquele período não para de homenagear esse período vergonhoso de nossa história. Hoje, por exemplo, anuncia a queda da produção industrial brasileira, no mês de novembro, sugerindo tratar-se de tendência definitiva. No entanto, a própria notícia desmente a marota chamada ao reconhecer que a queda de 0,2% de novembro é em relação ao mês de outubro, comparada ao mesmo período do mesmo mês do ano anterior, houve crescimento de 0,4%, e mais: acumula uma alta de 1,4% ao longo dos últimos doze meses, além de crescer seguidamente nos últimos meses até novembro passado.

Não por coincidência, as tiragens dessas pocilgas escrevinhadas, assim como a audiência das televisadas decai vertiginosamente, muito por conta dessas recorrentes tentativas de manipulação dos fatos em favor de um projeto político outrora enxotado pelo povo brasileiro do poder. E o pior é que nada indica que venham a adotar qualquer atitude prudente no sentido de ao menos dissimular seu conservadorismo. Não. Diariamente continuam mentindo, manipulando, falseando e principalmente brigando com os fatos sem o mínimo de decência, pois o papel que atualmente lhes cabe é o de representar politicamente o conservadorismo derrotado pelo projeto democrático/popular ora no governo, já que não dispõe de partidos políticos com a mínima credibilidade. Triste!