Escolas não podem homenagear arautos da truculência

Na Bahia, estudantes querem mudar o nome de sua escola pública de ensino médio de 'Emílio Garrastazu Médice', para 'Carlos Marighella'. Até fizeram uma exposição a respeito da vida daquele bravo combatente anti-ditadura e contaram com o apoio de sua professora de Sociologia, Maria Carmem.
Tomara que outros professores Brasil a fora, cônscios de suas responsabilidades, incentivem seus alunos ao exercício cidadania e da reflexão crítica mobilizando-se contra homenagens a esses autênticos espectros de homens públicos.
Aqui no Pará, por exemplo, mais precisamente na sua capital, Belém, há no primeiro quarteirão da avenida de entrada da cidade, a Almirante Barroso, três escolas públicas homenageando figuras que deveriam ser atiradas ao lixo da nossa história, por terem desempenhado o triste papel de golpistas que romperam com a ordem democrática vigente e em nada contribuiram para fazer desta uma nação melhor, antes, ao contrário, deram exemplo de truculência, desrespeito aos direitos fundamentais da cidadania e incapacidade de conviver em um regime democrático, por isso, pelo mau exemplo que legaram, deveriam também ter seus nomes retirados de um lugar em que se deve aprender o oposto dos exemplos deixados por esses indevidamente homenageados.