Jorge Paz Amorim

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Reflexões de um professor da rede pública estadual a respeito da greve, ou, as lorotas de Simão.

Achei bastante interessante esse texto que circula no facebook, escrito por um professor presente à mesa de negociação com o governo do estado, pela sinceridade e objetividade na colocação daquilo que é fundamental pra categoria e que, mesmo em toda sua simplicidade, desmascara o proselitismo oficial ao comprovar que o compromisso da lorotocracia com educação pública de qualidade é tão legítimo como uma nota de três reais.
"Hoje a negociação durou mais de 5 horas, estou com dor de cabeça até agora. Até a repórter da Liberal, Tainá Aires, não aguentou e disse que é preciso ter muito saco (rsrsrsr)
Olhem essa do governo... eles defendem a seguinte jornada:
150 horas de regência de classe
50 horas de hora atividade (25%)
Somando = 200h
48 horas de aulas suplementares
Total da jornada 248
Em cima disso eles jogam 25% e o professor de 200h elimina apenas 1 turma para hora atividade, por exemplo sociologia, história, arte, geografia entre outras teriam 19 turmas de regência de classe e apenas 10 horas para Hora atividade.
Ou seja o governo aumenta a jornada e aplica 25%
Nossa proposta é:
Um professore que seja lotado com 200h (no caso de geografia hoje 20 turmas)
passaria a ser lotado com 150 horas de regência de classe (15 turmas) e 50 horas (25%) de hora atividade para cumprir dentro ou fora da escola, isso em 2014. Em 2015 a lotação passaria para 1/3 desse total (33,3%). Essa é a unica maneira de desafogar o professor de uma jornada estafante. Mas tudo isso mantendo a nossa remuneração e a base de cálculo, levando em consideração as aulas suplementares.
Aí reside a polêmica, pois o governo diz que vai onerar o Estado, segundo eles, teriam que contratar muitos professores para cumprir essas horas que sobrarão. Afirmamos que muitos professores poderão extrapolar para além da jornada o que amenizaria o problema porém, eles seguem resistentes.
O contador do Ministério Público nos deu a maior força e disse para não assinarmos nenhum acordo que o governo tem dinheiro, sim, e não quer gastar. Desmentiu o governo, que ficou furioso.
Estamos próximos de uma vitória, mas temos que ter clareza do que estamos discutindo. Essa é a greve mais importante e pragmática que já fiz. Maiores esclarecimentos amanhã na assembléia no sindicato dos bancários."

Nenhum comentário: