Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 29 de setembro de 2013

De álcool, madeira e lorotas

Agora que o 'vamos conversar', de Aécio Neves, virou chacota nas redes sociais por ser absolutamente despiciendo, posto que a veste de competência dos tucanos foi esfarrapada pelo tempo e mau uso, vale transcrever um trecho de "O Príncipe da Privataria", de Palmério Dória, que acrescenta a safadeza no trato da coisa pública como outra marca registrada dos de bico comprido e voo curto.
Trata-se de um episódio envolvendo Sérgio Motta, o artífice da compra da reeleição e detentor das 'mãos sujas' nos negócios partidários. Relata Palmério, "Sua grande jogada deu-se ainda em plena ditadura militar, sob o governo Figueiredo(1979-1985). Com o apoio do general Golbery do Couto e Silva, que o jornalista Hélio Fernandes chamava de Golbery do "Colt" e Silva, Serjão criou a COALBRA, Companhia de Álcool do Brasil, para montar usinas de álcool de madeira, sob protesto do vice-presidente. O civil Aureliano Chaves, naquele governo, cuidava justamente da energia. Engenheiro, mineirão, Aureliano achou aquilo um "atentado à ecologia" e "um disparate econômico"- imagine, produzir álcool de madeira num país com tanta terra, tanto canavial e tanta tradição na produção de álcool de cana."
"Atropelando Aureliano, Serjão importou 30 usinas da hoje extinta URSS. Porém não atropelou sua lógica, pois, das 30 usinas, uma chegou a ser instalada, mas não funcionou- duas décadas depois, continuava em Uberlândia que nem uma carcaça fantasma; as outras 29 nem sequer foram deslocadas dos trapiches dos portos: lá deterioraram-se e acabaram vendidas como ferro velho."
"O rombo montou a US$250 milhões, dinheiro que daria para instalar rede de esgoto numa cidade com mais de 60 mil domicílios, ou cerca de 250 mil habitantes- uma Juazeiro do Norte."
Infelizmente, a herança dessa incúria ficou no consumo exagerado de álcool, no revestimento de madeira dessas caras cínicas, além da excessiva parolagem delinquente, que vive a dar lições aos outros, mas oculta iniquidades dessa natureza, em acumpliciamento torpe com as gangues midiáticas que monopolizam a informação no país. Lamentável!

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