Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Brasil tira meio milhão de crianças do trabalho, diz OIT

A Organização Internacional do Trabalho, empenhada em acabar com o trabalho infantil no mundo, divulgou, em Genebra, seu relatório dos últimos quatro anos e o Brasil surgiu como exemplo, pois diminuiu em meio milhão o número de crianças no trabalho. Esse redução confirma, de maneira visível, os bons resultados obtidos pelo Brasil no combate à pobreza e na criação de incentivos para as crianças irem à escola. Restam ainda 1,6 milhão de brasileiros infanto-juvenis em atividades laborais. Nos dias 8 e 9 de outubro, o Brasil receberá delegados de 193 países, na conferência mundial sobre o combate ao trabalho infantil, em Brasília.
A OIT já constatou que não será possível, como era seu objetivo, acabar com o trabalho infantil no mundo até 2016. Mas é verdade que os dados mundiais mostram uma sensível queda no trabalho infantil, caindo de 246 milhões de crianças no trabalho, em 2000, para 168 milhões neste ano. Ou seja, 78 milhões de crianças já não são mais obrigadas a trabalhar.
A maior diminuição ocorreu na Ásia e a menor na América Latina, onde ainda existem 12,5 milhões de crianças no trabalho. Ao contrário do ocorrido no Brasil, a redução do trabalho infantil é mais lenta nos outros países latinoamericanos.
Na África, onde ocorria sempre um aumento no número de crianças no trabalho, registrou-se pela primeira vez uma diminuição, decorrente provavelmente do atual crescimento econômico registrado na região africana, em muitos países como os lusófonos Angola e Moçambique. Porém, o número de crianças no trabalho, ainda é elevado 68 milhões, ou seja, em cada grupo de cinco crianças uma trabalha.
O relatório da OIT não especifica as modalidades de trabalho a que se destinam as crianças, nem estabelece um total separado por país. Mas sabe-se, por denúncias da Unicef e de entidades de proteção à infância, que muitas delas são tiradas das famílias sob promessas de um melhor futuro.
É o caso, por exemplo, das crianças tiradas dos pais da Guiné Bissau por pregadores corânicos e levadas para o Senegal, calculadas em 100 mil pela Unicef, a pretexto de ali receberem formação religiosa muçulmana, mas na verdade obrigadas à mendicância em Dakar. Há ainda as crianças sequestradas da República Democrática do Congo para trabalharem em minas e explorações agrícolas em Angola, assim como as crianças que trabalham nas plantações de cacao de multinacionais na Costa do Marfim.
O brasileiro Pedro Américo Furtado de Oliveira, funcionário da OIT no combate ao trabalho infantil, afirma que muitos países africanos passaram a colaborar no combate ao trabalho infantil, acatando as denúncias divulgadas pela mídia. E acentuou que o trabalho infantil ocorre principalmente nas regiões onde ainda existe o trabalho informal, “onde há trabalho organizado e sindicatos, não há trabalho infantil”.
(Rui Martins/Aposentado Invocado)

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