Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 25 de agosto de 2013

A justiça cega, seletiva e deletéria

De uma sentada, o juiz Elder Lisboa, da 1ª Vara de Fazenda da capital, declarou a inocência da juiza Rosileide Filomeno, do senador Mário Couto e do ex-prefeito Duciomar Costa. A dita magistrada teve conversas gravadas, em que empenhava sua promoção ao desembargo, em troca  de fornecer a garantia da impunidade a uma quadrilha, segundo o julgador o crime prescreveu; o senador era presidente da Assembléia Legislativa quando inúmeras falcatruas foram cometidas na folha de pagamento da instituição, o juiz alegou que o presidente da Casa não sabia de nada; e D. Costa também foi inocentado porque nada há que macule a licitação daquela obra que assombra os belenenses desde o final da malsinada gestão do voraz ladravaz em tela.
Diante de tanta inocência, restou ao promotor de Justiça de Direitos Constitucionais e Patrimônio Público, Firmino Matos, assumir ironicamente a culpa alheia, ao afirmar; "Desconheço que haja alguma ação de improbidade, sentenciada neste ano, que tenha sido julgada procedente. Então, ou somos muito incompetentes, ou há uma dificuldade do Judiciário paraense em analisar, pela ótica correta, a temática da improbidade administrativa”.
Enquanto isso, o noticiário midiático está cada vez mais farto de fatos atestando a superlotação de celas e degradação cada vez mais acintosa, se é que é possível, desses espaços infernais. Ocupados, ressalte-se, por pobres, pretos e prostitutas. Essa seletividade justiceira, jamais justa, fica mais acintosa quando se vê um apresentador de programa policialesco na televisão encenar furibundismo e pregar o extermínio puro e simples desses que a lei alcança, mas que não faz referência alguma ao patrão que paga seus salários, este réu em dezenas de processos que tramitam há décadas pelos tortuosos labirintos da justiça brasileira, todos por malversação do dinheiro público. Triste!

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