A vigarice do Cândido

Alguém escreveu que, com esses eduardos na sua base de apoio, o Campos, o Cunha e o Henrique, o governo nem necessita de oposição para enfrentar transtornos. Da mesma forma, pode-se afirmar que com esse nada Cândido Vigarezza, que aprontou um tremendo 'conto do vigário' ao seu partido, o PT, este também pode passar a preocupar-se mais com os seus do que com os "fraquinhos" da oposição.
Mais do que a falta de estatura política pra entender o clamor popular surgido das ruas, constata-se também que Cândido é indigente na compreensão daquilo que representa a trajetória do seu partido e suas bandeiras históricas, dentre as quais sempre esteve o combate ao abuso do poder econômico nas eleições em todos os níveis.
Ao sucumbir ao ideário(?) conservador do PMDB, como já se disse anteriormente aqui nesse espaço, o mais ferrenho guardião do atual status quo, o deputado petista deixou-se levar pelo personalismo, convencionalismo e conveniência de usufruir do poder econômico, dando ao eleitor toda a razão para que desconfie que Vaccareza engrossa as fileiras daqueles 300 picaretas que utilizam seus mandatos para negociar as agendas dos interesses dos donos de dinheiro no país, o que explicaria sucessivas reconduções à Câmara Federal. Que esse fato sirva para que o partido, o quanto antes, inscreva em seus estatutos a proibição da recandidatura para quem já exerceu três mandatos consecutivos, uma providência que serviria para afastar oportunistas desse tipo.