Jorge Paz Amorim

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

PMDB: rumo à união ou à oposição?

Não acredito(ainda) que a postura arrogante do governador carioca, Sérgio Cabral, querendo impor seu candidato ao governo do estado, sendo que o petista Lindbergh Farias têm mais chances, venha comprometer a aliança nacional entre os dois para 2014. E por não haver nada que justifique essa intransigência, claro fica que Cabral apenas procura o motivo e o momento certos para pular para o barco de Aécio Neves, engrossando a fila(por enquanto, pequena) de Pedro Simon e Jarbas Vasconcelos.
Seguramente há mais motivos entre o céu e a terra, que a nossa vã política desconhece, a unir os cabrais e os neves nessa empreitada que está fazendo o governador carioca mudar de rota, mesmo depois de tudo que o governo petista fez de investimentos no Rio de Janeiro, e naquela eleição em que o perigo de Cabral perder para Gabeira era real.
Pezão, Eduardo Cunha, Cavendish e Eike Batista nada explicam isoladamente. Porém, como pedras de um tabuleiro, se juntadas muito podem explicar desse jogo e da necessidade urgente de Sérgio Cabral fazer não um sucessor, mas um preposto que mantenha sob o controle do atual governador essas "pedras". E ele sabe que isso não será possível com Lindbergh, a quem ele não só quer tirar da disputa, mas fazer com que o ajude a derrotar o até aqui favorito, Anthonny Garotinho, outro enfant terrible a atormentar os devaneios cabralinos de chegar à presidência da república.
Resta saber se o comando nacional do PMDB, sob controle do vice-presidente da República Michel Temer, adotará a mesma postura adotada a quando da votação da MP dos Portos, enquadrando o PMDB do Rio, obrigado a votar com o governo e contra a vontade de seu líder, aí, de cara, já tendo que provocar o aborto da CPI da Petrobrás, pedida por um pemedebista mineiro, óbvio que peça desse jogo Aécio/Sérgio, fortalecendo a aliança nacional com os petistas; ou, se vai deixar o barco correr para que cada suserano do partido haja de acordo com as conveniências de seus feudos, comprometendo mortalmente a aliança que governa o país.
Trata-se de flagrante crise existencial de um partido que, após a morte do Dr. Ulisses, fez da falta de identidade a sua e agora vive o dilema de resgatar uma fisionomia daquilo que um dia era a mais importante trincheira de combate contra a ditadura. Que dureza!

Nenhum comentário: