Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Mais que um marco histórico, a Copa do Mundo no Brasil pode ser uma encruzilhada

Segundo o livro "Futebol-Arte"(Jair de Souza, Lúcia Rito e Sérgio Sá Leitão), "A queda da Bastilha do futebol brasileiro ocorreu em 1923, quando comerciantes portugueses, preocupados em promover o Vasco da Gama ao estrelato, sustentaram, na primeira divisão do Rio de Janeiro, um time formado por negros e brancos pobres. Eles não foram selecionados por conta dos vastos bigodes, das roupas meticulosamente engomadas e dos sobrenomes anglo-saxões ou germânicos. As marcas registradas daqueles pé-rapados eram a habilidade e o improviso. Para asco e surpresa dos rivais, foram campeões cariocas. Os excluídos reconheceram os craques vascaínos como ídolos. perceberam que as regras eram fáceis e que qualquer lugar e qualquer bola serviam. Viram naquele esporte um lazer barato e um meio de driblar o apartheid social. Ao dribbling game de Charles Miller somaram a ginga e a malandragem. E o Brasil tornou-se não apenas o país do futebol, mas o país do Futebol-Arte".
Por isso, quando o ministro dos esportes, Aldo Rebelo, discorrendo para blogueiros sobre as consequências de altos investimentos em estádios caríssimos levar o Brasil  “A melhorar a estrutura do futebol brasileiro e elevar a renda dos clubes pela qualificação da gestão, ou pode também elitizar o futebol, transformá-lo numa "ópera", de ricos e da classe média, que vão ali como uma diversão e não porque têm paixão pelo futebol, o que seria lamentável", em vez de se ficar ruminando em cima do complexo de vira-latas que apregoa nossa inferioridade em realizar um evento dessa magnitude; é hora de unirmos esforços para preservar nossa invejável tradição, fincada nesses parâmetros inaugurados em 1923, magistralmente descritos pelos autores citados. Não é tarefa fácil, mas é urgente.
(Declaração do ministro pinçada do blog Rede Brasil Atual)

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