Aumento no preço das passagens dos coletivos é desrespeito ao usuário.

Definitivamente, constitui-se sacanagem com o usuário reajustar o preço dos coletivos de Belém usando como álibi a colocação em circulação de 150 veículos até o fim do ano. Sim porque o 2º semestre termina fim do ano, logo, esse é o prazo fatal para essa renovação meia boca. Belém tem 1800 ônibus em circulação atualmente, o que torna inferior a 10% esse percentual de renovação, absolutamente insuficiente na medida em que é a quase totalidade da frota que está sucateada, então, continuará o usuário penando com um dos piores serviços do país e pagando mais por essa desdita.
Além disso, é preciso comprovar, de fato, que o custo unitário desses ônibus chega a R$280 mil, conforme alegam seus proprietários, principalmente por conta da nada hígida e recorrente prática do Setransbel em fazer uma planilha em que é bem provável que estejam na contabilidade das gratuidades os vendedores diversos, pregadores, pedintes et caterva tudo para justificar mais essa tunga no bolso da população. Esperemos, também, que o Ministério Público Estadual tome providências e exija urgência na implementação de um Plano Diretor para o trânsito da cidade, com ampla discussão no seio da sociedade e com um resultado que sepulte definitivamente a lógica atual, a da prevalência do interesse do empresário sobre o do usuário. Só isso fará com que tenhamos coletivos confortáveis, regime de concessão, oriundo de um processo licitatório civilizado fazendo com que, 23 anos depois de aprovada, a Lei Orgânica de Belém deixe de ser 'letra morta'. Apenas isso.