Jorge Paz Amorim

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

A caminho da pizza

Pelo que narrou ontem a jornalista Franssinete Florenzano, a Assembléia Legislativa prepara-se para investigar absolutamente tudo o que ocorre, pode ocorrer, teria ocorrido, ou, um dia, quem sabe, ocorrerá no Detran/Pa, mais precisamente na Comissão Parlamentar de Inquérito originalmente criada para apurar as denúncias de desvio de dinheiro daquele orgão para o Santa Cruz de Cuiarana.
Ou seja, foi usada a forma mais solerte de nada investigar lançando mão desse surrado ardil de ampliar ao máximo as investigações, recuando quatro anos no tempo, quando o Regimento Interno de qualquer parlamento é cristalino ao exigir, para instalação de CPI, número mínimo de assinaturas, proporcional ao número de parlamentares, e que apure um fato determinado, específico que justifique a criação dessas comissões.
O que a bancada tucana paraense fez na Alepa nada mais é do que faz a bancada de sustentação de Geraldo Alckmin, em São Paulo. Se vem à tona o escândalo da 'Máfia do Asfalto' e a oposição pede CPI pra investigar o notório envolvimento de secretários de estado e parlamentares tucanos no caso, lá aparece um outro tucano apresentando pedido de CPI pra investigar o por quê dos garis não limparem o cocô dos cachorros que perambulam pela cracolândia; como era aqui, nos tempos do voraz ladravaz D. Costa, se a oposição pedia CPI pra investigar o leilão criminoso das máquinas doadas pelo estado para conservação dos canais da macrodrenagem da Bacia do Una, aparecia algum duciomarista empedernido e pedia CPI pra investigar quem eram os responsáveis por evitar que mijassem no atacado nas paredes do Teatro da Paz. Tudo  para driblar as normas regimentais que limitam o número de CPIs em funcionamento simultaneamente.
Agora, diante de uma CPI que investigaria um fato determinado, a bancada tucana resolveu contratacar e propôr a instalação de uma outra comissão a fim de investigar contratos pretéritos, de gestões anteriores a dos tucanos, por sinal, já julgados e aprovados pelo Tribunal de Contas do Estado, o que escancara qual a real intenção de quem propõe a tal investigação nostálgica. A fusão da que se pretendia séria e tinha fato determinado, com a que tinha mero interesse de evitar que se apure alguma coisa, não passa da escrita a 41 mãos da triste crônica da farsa anunciada. Lamentável!  

Nenhum comentário: