A iminente mudança da sede do gabinete do prefeito para um hotel, na av. Duque de Caxias, na prática, revoga aquele decreto assinado por S. Excia., em janeiro, estabelecendo "economia de guerra" no uso das finanças municipais. Claro que o voraz ladravaz D. Costa destroçou o tesouro municipal, porém, é pouco provável que Zenaldo esteja preocupado em denunciar à justiça a gang assaltante, para que a polícia possa ir no seu encalço.
Não se está dizendo que o atual alcaide tem a mesma intenção do antecessor. Longe disso. No entanto, o tucano dá toda pinta de que seguirá Simão Lorota, tanto no mise en scéne quanto no modo de proceder. Recursos carreados para o pronto atendimento da entourage eleitoral, com centenas de nomeações de apaniguados como assessores especiais; socorro a empresários que se encontram em situação difícil e sem condições de sobreviver sem a mão grande do estado que na retórica eles dizem dever ser mínimo; e a sempre recorrente encenação de jogar para o futuro as ações que estão sendo urgentemente reclamadas para ontem, não sem antes fazer todo um blábláblá a respeito do que não fizeram os antecessores.
Com um pouquinho mais de espírito público, Zenaldo administraria, como administrou o ex-prefeito Fernando Coutinho Jorge, lá da sede da Codem e com uma vantagem adicional: agora lá já há um anexo que poderia abrigar com folga alguns setores do gabinete do prefeito que funcionam atualmente no Palácio Antônio Lemos. Evitaria gastar uma fortuna com o aluguel de 15 andares de um prédio que ainda precisa ser adaptado para abrigar repartições públicas; contornaria um transtorno no trânsito daquele perímetro e ainda sobraria dinheiro para, por exemplo, realizar obras necessárias para melhor atender a população no quesito saúde, promessa feita tão recentemente, mas que vai celeremente distanciando a esperança de quem nela acreditou um dia.

2 comentários:
O negócio que envolve o aluguel do hotel é na verdade um negócio entre amigos! Deu prá entender???
É óbvio que se trata de negócio entre amigos. Falta esclarecer apenas o nível de ligação entre gente influente na PMB e os dois felizardos proprietários daquele imóvel.
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