Jorge Paz Amorim

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 28 de abril de 2013

Intenção e gesto

Soa sempre estranho ver jornais que usaram o regime de exceção, instalado a partir do golpe dado pelo conluio elites reacionárias e segmentos da caserna brasileira(1964), para tornarem-se "líderes de audiência" falar em defesa da democracia, assim como soa estranho que o ícone dessa defesa à paraguaia seja um ministro do STF, oriundo de um governo que o povo enxotou eleitoralmente por seu notório viès antipopular, de resto, levado à mais alta Corte do país.
Por isso, a falta de jeito e sinceridade nessa desastrada defesa, na medida em que esse narciso às avessas acha feia a política, esta enquanto instrumento de funcionamento da democracia, pelo menos naquele seu   funcionamento dentro do que Aristóteles cunhou como a busca do bem comum. Sem as adjetivações convenientes aos que se julgam donos do poder e tentam impor entendimento oposto ao do filósofo grego, oferecendo como opção a criminalização da atividade política, mais precisamente, se preciso for, até à repetição da farsa da aventura golpista que recorrentemente restabelece seu protagonismo.
Lembremos dos tempos em que esbirros fadados viviam a dar puxões de orelhas naquela parte do clero que procurava orientar seu rebanho a trilhar o caminho da solidariedade e do bem comum, confundindo isto com o grande demônio da época, responsável pela imolação de milhares de brasileiros: a subversão. Hoje o clero conservador recorre sem cerimônia aos postulados daquele pensamento(?) que foi hegemônico na época conhecida como "Era das Trevas", sem que isso seja considerado subversão à ordem vigente, conquistada às custas do sangue e da vida de milhares de brasileiros. E ainda contam com a cumplicidade dessa mídia nefasta e juizes reacionários, cuja relação com a democracia lembra inapelavelmente a distância entre a intenção e o gesto do opressor luso/colonizador em relação ao seu oprimido, na música "Fado Tropical", de Chico Buarque e Rui Guerra. Tudo tão sincero como uma moeda de três reais. Lamentável!  

Um comentário:

Anônimo disse...



Seu na Ilharga, estou revoltada com o tal de Mercadante. Como é que pode, um Ministro de Estado sair em defesa desta mídia golpista, que ajudou a matar centenas de brasileiros que lutavam por dias melhores. É revoltante tal atitude. Acho que a Presidenta Dilma está dormindo com os inimigos. Refiro-me ao Zé Cardoso, Bernardo e agora com o tal Mercadante. É preciso apear do cargo tais figuras que estão sendo nefastas para o PT.