CEM dias SEM nada a comemorar, apenas lamentar a vã esperança transformada em frustração. Da mulher que chegou com o bebê no colo, às 4hs da madrugada, pegou uma senha e, horas depois, não havia médico para atende-la; frustração daquele que passa espremido em um coletivo pela avenida mais agitada da cidade e constata que esse sofrimento é dependente da conveniência eleitoral de quem está no poder; de quem mora nas periferias da cidade e às vezes até impedido de sair de casa fica porque a chuva tornou sua rua intransitável.
Festejando estão apenas aqueles que acessam o site da PMB e veem seus nomes lá estampados duas vezes: na nomeação para exercer um aleatório cargo de "Assessor Especial-DAS"; e depois a bonificação de mais 50% ou 100%, dependendo da influência política do q.i.(quem indicou), ao já régio pagamento. Aqueles igualmente generosamente remunerados, para falar das medidas que a prefeitura toma na publicidade, embora a população não sinta os efeitos desses efusivos anúncios. Aqueles que estavam à beira da ruína, mas tiveram seus empreendimentos salvos pelo socorro do dinheiro público.
Cem dias. Sem governo.
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