Relação promíscua

O relacionamento depravado entre o papelucho maiorânico e o governo da lorota superou todos os limites da canalhice. Hoje, no Repórter da Ditadura(70), rasgam a fantasia e tratam a educação pública como um estorvo aos cofres públicos por obrigarem o farsante Simão "a arcar com os custos de escolas no centro de Belém, como o Paes de Carvalho, de onde a clientela some ano após ano".
"Custo", "clientela", "arcar", são expressões típicas do vocabulário neoliberal e expressam aquela ansiedade em reduzir o papel do poder público naquelas políticas em que constitui-se impiedade sua retirada, pois significa deixar milhares de pessoas privadas de um de seus direitos básicos. A propósito, até 2010, pelo menos, o velho CEPC obtinha índices admiráveis de ensino preparatório à universidade, sendo esse um investimento-não "custo"- que não tem preço pelo seu alto significado social.
Mas, essa relação mídia/governo há muito já perdeu a noção mínima de dignidade e compromisso com a verdade, a ponto de ser afirmado, no mesmo espaço, que o Paes de Carvalho fica em local marcado pela falta de segurança e dificuldade de transportes. Em frente a um quartel do Exército e entre duas vias por onde passam cerca de 80% das linhas de ônibus que servem Belém. Precisa dizer mais?