Faz, neste domingo 24 de março, 16 anos que morreu o cantor e compositor paraense Alípio Martins. Acho que fui um dos seus maiores amigos, juntamente com Carlos Santos e Jesus do Couto, que era representante de gravadoras em Belém. Alípio não era um cantor extraordinário, como o também saudoso amigo Walter Bandeira, ou como o meu conterrâneo Luiz Guilherme, cujo timbre e colocação de voz eram elogiados pelo próprio Walter. Alípio era,isto sim, um excelente produtor musical.Lançou, pela Gravason – a gravadora de Carlos Santos- vários cantores famosos no Pará e no Nordeste. Ah,o Pinduca também era muito amigo de Alípio.
Descobri acidentalmente, nesta madrugada,que era o aniversário de morte do caro amigo. Quero, pois, que os fãs de Alipio, se recordem dele, hoje, tocando suas músicas, como “Cartas de Amor”, “Vem me Amar” e “Ó Darcy”, que fizeram muito sucesso,mas não que não esqueçam clássicos como “Senhor da Floresta”, “História de uma Gaguinha”, “Sofro”, do seu primeiro LP, cuja fotografia foi feita em frente a “Maloca”, da Praça Kennedy.
Outra coincidência, hoje, relacionada a Alípio Martins,é que,ao acordar, agora, escutei “Vem me Amar”, tocada no Carro de Som do Bento Maravilha, que todos os domingos vem à Praça da República, animar a manhã dos que se encontram aqui em busca de diversão e tranqüilidade.
Alípio Martins nasceu em Belém, a 13 de junho de 1944 e morreu também aqui, a 24 de março de 1997,vítima de câncer no estomago. Não bebia nem fumava, apenas exibia-se em público com um cachimbo, porque era fã do Roberto Carlos.
Foi um dos expoentes da lambada, ritmo latino que se tornou febre no Brasil nos anos 80, junto com José Orlando e Beto Barbosa, entre outros.
Desde a adolescência, Alípio sonhava em se tornar músico profissional e fazer sucesso. Aos 15 anos, fugiu de casa sem dinheiro e viajou de navio, como passageiro clandestino, para o Rio de Janeiro, em uma viagem de aproximadamente 30 dias. Na viagem, foi descoberto pelo cozinheiro do navio, porém, conseguiu chegar a um acordo com a tripulação ao confessar seu sonho.
Depois, passou uma temporada nos Estados Unidos, de onde regressou após se formar em Engenharia Elétrica, para não ter que ir lutar no Vietnam. Aqui,chegou a trabalhar na extinta Celpa, que estava começando e ainda era estatal. Mas sua determinação de ser cantor,embora não tivesse voz adequada para os padrões da época, o fez abandonar o emprego e seguir cantando.Participou de várias caravanas de artistas comandadas pelo Chacrinha.Ele optou pelo gênero mais popular, depois de ter tentado o rock e as baladas à moda do Beatles, porque chegou à conclusão que só assim ganharia dinheiro. E ganhou um bocado, principalmente no período em que assumiu a direção da Rádio Cultura do Pará, por indicação do então governador Jader Barbalho.
Sobre isso, há um episódio bastante pitoresco: o Jader mandou chamar o Alípio ao Palácio Lauro Sodré, para formalizar a sua nomeação e agradecer por sua participação na campanha. Alípio foi até lá e ficou tomando um chá-de-cadeira tremendo, juntamente com outras pessoas que também tinham ido falar com o governador.
Era o único que não usava paletó e gravata, mas um blusão que lhe emprestava um ar de artista pop. Já incomodado com a longa espera, virou-se ´para o seu companheiro de infortúnio e disse: “Estou quase indo embora... Mas vim para ser nomeado para um cargo importante e se eu for embora o bicho aí pode mudar de idéia... E tu, estás também querendo uma boca?”
O interlocutor, respondeu, desconsertado ao Alípio: “Não, sou o deputado Luiz Maria, vim para conversar com o governador sobre a atuação do PMDB na Assembléia”.
Envergonhado, Alípio foi embora e só depois falou com Jader.
Alípio acreditava ser melhor produtor musical do que cantor. Vários artistas que gravaram com ele recordam-se das estórias e das técnicas que utilizava durante as gravações.
-Antônio José Soares, jornalista e ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Pará
17 comentários:
Também sou fã do Alípio. Que Deus o tenha em bom lugar.
A foto postada, foi tirada na cobertura que ele tinha em um prédio na Benjamim Constant.Lá ficavam todos os discos de ouro,prata que ele recebia pela numeo de vendagem de discos no Brasil.
SOI FÃ DO ALIPIO MARTINS E QIANDO ELE FALECEU NÃO FOI DIVULGADA EM SP.
FIQUEI SABENDO DE SEU FALECIMENTO HÁ ALGUNS NESES.
Alipio Martins se foi deixando saudade nos corações de seus fãs que Deus o tenha e que console o coração de seus familiares e fãs.
Lembro muito bem desse grande artista inclusive o isso sempre suas músicas através do meu vizinho
sou musico iniciante e fã incondicional de Alípio martins pois foi a inspiração pra eu me tornasse musico seresteiro
Sou um fã incondicional de Alípio Martins. Pelo menos uma vez ao mês, ouço suas músicas... Que Deus o tenha em suas mãos.
Sempre fui fã de alipio martins mas guardo ele morreu eu estava em São Paulo e ao fiquei sabendo de sua morte algum tempo depois e fiquei muito triste ainda hoje toco e canto suas músicas
Sou fã de alipio martins e ainda toco e canto suas musicas
Marcelo Rodrigues - Depois que passei a ouvir músicas do Alípio Martins virei fã dele foi um grande cantor é uma pena não ter cantor como o grande Alípio Martins para dar continuidade as músicas do Alípio Martins com certeza ele está em um bom lugar descanse em paz Alípio Martins.
Marcelo Rodrigues - Depois que passei a ouvir músicas do Alípio Martins virei fã dele foi um grande cantor é uma pena não ter cantor como o grande Alípio Martins para dar continuidade as músicas do Alípio Martins com certeza ele está em um bom lugar descanse em paz Alípio Martins.
Marcelo Rodrigues - Depois que passei a ouvir músicas do Alípio Martins virei fã dele foi um grande cantor é uma pena não ter cantor como o grande Alípio Martins para dar continuidade as músicas do Alípio Martins com certeza ele está em um bom lugar descanse em paz Alípio Martins.
Piranha é um peixe voraz de Sao Francisco,diabo que carregue quem disser que nao é...
Grande CANTOR De LAMBADA!!!LEMBRO DOS DISCOS Q EU TINHA...M.MARINHO
Gostaria de saber onde estão sepultados os restos mortais desse ícone?
Talvez o filho dele, proprietário do restaurante Pomme D'or e batizado com o nome do pai, possa lhe prestar essa informação. Tente localizá-lo através do site do restaurante ou pessoalmente, pois infelizmente não disponho dessa informação.
Cresci ouvindo Alipio Martins, e ate hoje nao nego que esculto suas musicas, em casa, no carro na viagen, enfim, como esquecer esse grande íconi da lambada.
Pena que ninguem da familia do Alipio nao se manifesta para postar na internet alguns videos ou fotos da carreira dele, por que a gravadora nao lança CDs de acordo com os LPs?
e´triste isso na minha opiniao......
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