"Se tivesse que pagar esse valor a curto prazo, nós teríamos que parar praticamente todos os investimentos Belém. Nós não poderíamos fazer investimentos na saúde, nos transportes, no saneamento, na educação porque a prefeitura ficaria com uma incapacidade de pagar essas obras, esses serviços".
A declaração é do prefeito de Belém, Zeraldo Escrotinho, ao comentar para a televisão a decisão da Justiça, que obriga a Prefeitura de Belém a pagar um reajuste de 20,84% aos servidores municipais, historicamente maltratados por sucessivas (indi ) gestões, exceto no período sob o comando do PT.
A soma das pendências da municipalidade para com seus trabalhadores é de R$ 131 milhões, retroativo ao ano de 1992. A ação foi movida na administração do falecido Augusto Rezende, que assumiu o cargo deixado por Sahid Xerfan, que foi disputar o governo do Estado.
A ação foi movida pelo Sindicato dos Servidores do Município de Belém (Sisbel) e cobrava a reposição salarial.
A prefeitura informou aos jornalistas que ainda não havia sido notificada da decisão, mas prometeu recorrer. Muito bem, aqui cabe perguntar: não seria obrigação do departamento jurídico, da procuradoria do município ou qualquer outro órgão que supostamente cuida dos interesse da municipalidade, estar acompanhando a questão perante o tribunal para que o alcaide não fosse surpreendido?
Pergunta número dois: quando se dispôs a ser prefeito da cidade de Belém, Escrotinho não procurou saber quais as grandes pendências que havia na Justiça e que poderiam desaguar no seu período de PMB?
Não foi ele quem prometeu solução para todos os problemas de Belém? Por que agora, ao invés de procrastinar o pagamento dos direitos dos trabalhadores, não recorre ao governador do Estado, pedindo um auxílio para quitar a dívida. Ou por que não faz um empréstimo junto a CEF ou a outra instituição financeira?
A decisão da Justiça beneficia mais de 30 mil pessoas, entre funcionários da ativa, aposentados e pensionistas.
E essa de recorrer pega mal para um prefeito que, na campanha, arrotou tanta “competência”. Especialmente porque os trabalhadores estão dispostos a aceitar pagamento parcelado.
"A gente entende que o parcelamento é a melhor saída, formando grupos de pessoas. Temos grupos de prioridades, que são os aposentados, idosos, portadores de doenças crônicas; e os sindicalizados. Depois viriam as fundações, autarquias e as secretarias de uma forma geral", disse Emílio Conceição, presidente do Sisbel.
A assessoria de assuntos jurídicos do município contesta o valor cobrado. "Nas gestões anteriores foram concedidos aumentos reais aos servidores, que acabaram consequentemente sendo contemplados e com isso diminuiu o percentual que persegue o Sisbel", disse Leonardo Maroja, assessor jurídico da Prefeitura.
Ora, seu Marojinha ( será parente do desembargador?),os prefeitos que concederam aumento real aos srvidores, se é que concederam, porque isso não aconteceu na gestão de Hélio Gueiros, por exemplo, não o fizeram com o compromisso de abater do reajuste discutido na Justiça.Pare com essa palhaçada e essa demonstração de incompetência até para acompanhar o andamento de uma ação.
O prefeito Zeraldo Escrotinho disse que o orçamento previsto para investimentos em Belém este ano é de cerca de R$ 400 milhões e o pagamento de R$ 131 milhões iria desequilibrar as contas.
Ora, se ele cobrar o IPTU em atraso devido pelas famílias controladoras da grande mídia e de outros ricaços, já diminuirá bastante a falta de liquidez.
Outra coisa: onde é que a Prefeitura de Belém está investindo em saneamento básico, saúde, transporte e educação, para que as obras sejam paralisadas por falta de recursos se o prefeito cumprir a decisão judicial?
Finalmente: onde estão os vereadores do PT que não falam nada. Os deputados... Um bando de bundas mole, isto é o que eles são.
(Anônimo)
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