O governo do estado, a pretexto de ter cara própria, engavetou projetos em andamento de sua antecessora, criou um artificial clima de descontrole de contas e paralisou quase que totalmente a economia do Pará.
Três anos após, com a criação de novas sinecuras desmentindo a austeridade encenada, a aprovação pelo TCM das operações tidas como as principais responsáveis pelo falso descontrole o governo retoma grande parte do que havia engavetado e corre contra o tempo para deixar algo que justifique ao menos o salário pago a um governante que, de tão incapaz, se trabalhasse voluntariamente já seria custoso, tamanha é sua inoperância.
Todo esse conjunto de obras agora desengavetado está calculado para ser inaugurado até o meio da ano que vem, isto é, em plena efervescência eleitoral. Detalhe: grande parte dessas obras, se não tivesse sido torpemente interrompida, estaria sendo inaugurada nesse período. Por exemplo, a ampliação da Santa Casa e o prolongamento da av. 1º de Dezembro já deveriam estar atendendo a população e evitando transtornos diversos e até tragédias, como o incêndio na UTI neonatal daquele hospital.
Infelizmente, governos oportunistas e incompetentes mexem-se pela agenda da disputa do poder, daí ser normal que cometam trapalhadas diversas e causem ainda mais prejuízos. É o caso da 1º de Dezembro, que dificilmente será inaugurada no prazo dado pelo governo, pois, até aqui, nem as indenizações aos proprietários dos imóveis que terão de sair para dar lugar ao novo traçado daquela avenida sequer foram procurados. Nesse ritmo, fura-se o cronograma, perdura por mais tempo o tormento de quem é obrigado diariamente a deslocar-se pelo corredor BR-316/Almirante Barroso e o desenho viário da cidade continua o mesmo, para frustração geral.
Enquanto isso, mesmo na reta final, o governante de plantão segue cinicamente prometendo um futuro feliz, com novas avenidas, novos hospitais, desenvolvimento industrial, mais recursos para tocar a economia, enfim, tudo aquilo que por 4 anos poderia ter sido tocado em frente, mas, por inação desse falso promesseiro, estagnou ou andou para trás. Lamentável!
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