Jorge Paz Amorim

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

No fio da navalha

O PSB cresceu bastante para ser apenas base do governo, sem estar na chapa de Dilma que concorrerá à reeleição. No entanto, nada indica que o PMDB abrira mão do cargo de vice e, no frigir dos ovos, é provável que seja mantida a atual composição com Dilma e Temer, ou outro qualquer pemedebista, de preferência São Paulo(Gabriel Chalita, por exemplo).
Assim, para manter os governadores, senadores e deputados que atualmente possui só resta aos socialistas concorrerem com chapa própria para ter palanques fortes e presidenciável competitivo.
O problema, então, passa a ser o tom do discurso a ser adotado ao longo da campanha, se oposicionista, governista crítico(seja lá o que isso signifique) ou um que reconheça os avanços do país nesses últimos 12 anos e bata mais na oposiçao conservadora, tentando ganhar o eleitorado que vem votando com o governo.
Certo é que ainda é muito cedo para tirar uma linha de atuação, mesmo porque a chapa ainda nem foi formada e nem há certeza da candidatura própria.
No entanto, é pouco provável que arroubos conservadores consigam empolgar o eleitorado brasileiro, principalmente após as três últimas eleições. Mas é evidente que a postura do pernambucano Eduardo Campos, tomando partido de Roberto Gurgel e afirmando categoricamente que nada há contra o titular da PGR só para contrapor-se ao PMDB, mesmo sabendo que o clone de Jô Soares protegeu até onde deu Demóstenes Torres e engavetou os resultados da Operação Monte Carlo, é algo extremamente delicado.
Com efeito, as consequências disso podem ser trágicas para o campo de centro-esquerda com grandes possibilidades de racha, na medida em que, hoje, o demiurgo do golpe branco que tenta colocar Lula fora de combate é justamente Gurgel. Espera-se que o governador pernambucano saiba até onde vai, como vai e com quem vai.

Nenhum comentário: