Vendo a maquete do Terminal Hidroviário que Simão Lorota vai construir nos armazéns 9 e 10 da CDP, duas coisas chamam a atenção: primeiro, o custo de quinze milhões, quase o dobro do daquele que está deixando apodrecer na Arthur Bernardes, sendo que já existe uma estrutura de ferro montada no local e que certamente será usada, barateando o verdadeiro preço final da obra. A conta lorótica virá cheia de penduricalhos que justificarão seu custo bandalho.
Segundo, a localização do terminal em um ponto da cidade que sofre com um trânsito conturbado e tendendo a piorar por conta dessa malsinada obra. Até nesse sentido, o da Arthur Bernardes tem mais viabilidade na medida em que não contribui para atrair ao centro de Belém um sem número de pessoas que poderiam muito bem contorná-lo, assim evitando por mais lenha na fogueira daquele inferno.
Além disso, dada a proximidade com os distritos de Icoaraci e Outeiro, bem como com algumas ilhas que circundam a nossa capital, o terminal da Arthur Bernardes poderia muito bem ter um efeito multiplicador na melhora das condições de outros pontos de embarque fluvial, algo que resultaria no resgate de um modal de transportes tão caro ao nosso povo, mas que perde oportunidades como essa de consolidá-lo. É o governante errado, na hora errada, fazendo tudo errado porque é apologista da mesmice administrativa, da malandragem determinada pelo compadrio e do desdém pelos altos interesses que devem presidir o comportamento de um governante. Paciência!
Nenhum comentário:
Postar um comentário