Segundo a sabedoria popular, chifre é como dente de leite: só dói quando está nascendo. Depois, para muitos torna-se até imprescindível à mastigação(ruminação) do dia-a-dia... do resto dos dias.
No entanto, no Nordeste, há quem diga que a exceção a essa regra de "aclimatação" se dá quando o 'cabra' é corno da amante. Aí não há tempo que apague essa dor de corno sentida do primeiro ao último dia de existência do indigitado. Por sinal, é lá pelo Nordeste, ainda, que foram tipificados vários estilos de cornos que ilustram muito bem as intempéries de relações dessa natureza.
Tem o Corno-Morcego: aquele que aparece por volta da meia-noite, dá uma chupada e bate asas de volta pro seu sarcófago; tem o Corno Ioiô: aquele que não se cansa de ir e vir, ir e vir e ir e vir; tem o Corno Pai-De-Santo: aquele que vive tirando o caboclo de cima da mulher amada, e assim sucessivamente.
Sinceramente, não sei dizer se o chorão da foto acima pode ser enquadrado em alguma dessas modalidades citadas. O mais certo é que não. Talvez, para ele, corneado por uma empregada da rede de televisão cujo produto mais importante são os dramalhões novelescos, fosse necessário inaugurar uma nova modalidade: a do Corno-Novela, só descoberto no último capítulo. Credo!
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