Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Luz. Mais luz!

Os artigos dominicais do deputado Cláudio Puty são sempre textos relevantes a respeito da conjuntura nacional. E o de hoje não foge à regra, na abordagem da votação que colocou com incrível pressa na pauta do Congresso a apreciação do veto presidencial ao projeto da distribuição dos royalties do petróleo, por sinal, à frente de cerca de 3000 outros vetos que vagam pelos labirintos do Legislativo, alguns há décadas.
Pena que o deputado não tenha esclarecido como votou, a quando da aprovação do requerimento fura-fila, sufragado por 348 deputados e 60 senadores, obviamente também não expondo as razões do seu voto. Com efeito, esse algo mais que poderia fazer parte do conteúdo do seu artigo é argumentação importante como antídoto ao uso politiqueiro que certos setores midiáticos e oposicionistas estão fazendo a respeito da aprovação do referido requerimento; e farão caso o veto presidencial seja derrubado na perspectiva da pregação mistificadora do estilhaçamento da base aliada do governo.
Nesse momento, está claro que há muitos parlamentares com um olho no padre e outro na missa, ou seja, que votam de olho no voto do colega da bancada do seu estado, pronto pra delação de eventual "traição". Isso evidentemente exacerba o lado emocional da discussão e põe por terra qualquer argumento racional que justifique um voto contrário àquele exigido pelo regionalismo oportunista, ressaltando que nem toda posição pela derrubada do veto seja oportunismo político, no entanto, há nitidamente o predomínio desse patrulhamento influenciando sobre o de parcela significativa dos congressistas.
Convem notar que as grandes lideranças políticas sempre surgem nesses momentos de impasse, ao apresentar soluções arrojadas, inovadoras e corajosas. São ações tão ímpares que acabam tendo o condão de desmanchar esse clima de caça as bruxas e capazes de recolocar o debate naquele patamar que permitirá o surgimento da melhor decisão para o país. Infelizmente, até aqui, ainda não surgiu esse(s) parlamentar(es) capaz(es) de iluminar o debate. Mas ainda há tempo pra isso. 

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