Os ataques coordenados pela grande midia brasileira contra a política
econômica nacionalista adotada pela presidenta Dilma Roussef, de combate
à especulação financeira, por intermédio da redução continuada dos
juros, configuram crime de lesa pátria, porque eles significam
favorecimento à sobrevalorização da moeda nacional, cujas consequências
representam aumento do endividamento público e desindustrialização
nacional.
Ou seja, pintaria o abismo fiscal, também, no Brasil, como acontece nos Estados Undios.
No momento em que o Banco Central americano decide continuar com a
expansão monetária – guerra cambial - para combater a onda de
desemprego na América , se Dilma segue a orientação pregada pelo poder
midiático oligopolizado brasileiro, porta-voz dos interesses do poder
financeiro, igualmente, olipolizado, deixando a economia sem proteção,
detona, consequentemente, o mercado interno, que a política nacionalista
lulista-dilmista constroi como arma contra a crise global, a fim de
favorecer as estratégias adotadas pelos governos dos países ricos,
ameaçados por ondas deflacionárias.
A grande mídia tupiniquim, anti-nacionalista, expressa a insatisfação da
bancocracia patrocinadora da agiotagem, considerando Dilma
intervencionista, responsável por um mal gerenciamento econômico que
impediria os investimentos produtivos.
Ou seja, uma construção mental distorcida, ideologicamente traidora,
que, se implementada, trabalharia a favor dos interesses do capitalismo
cêntrico, às voltas com excesso de produção, que precisa ser desovado na
periferia por meio de ofertas monetárias excessivas, como as que estão
sendo implementadas pelo governo Obama, de modo a desvalorizar o dólar e
sobrevalorizar as moedas dos outros concorrentes.
O mesmo fazem Europa e Japão. Dilma resiste e busca fazer igual ao que
eles, lá fora, estão fazendo, isto é, jogando duro contra os
especuladores, reservando a estes juro zero ou negativo para suas
aplicações especulativas.
O exemplo dado, durante a semana, pelo Banco Central Europeu, de
supervisionar, de agora em diante, os bancos, cujas estratégias
especulativas, desregulamentadoras, oligopolizadas, levaram o
capitalismo ao colapso financeiro, coloca em xeque o discurso
neoliberal, anti-nacional, abraçado pelo poder mídiático brasileiro,
colocado a serviço do poder bancário olipolizado no Brasil, inconformado
com a política nacionalista dilmista, decidida a estabelecer para os
bancos uma outra possibilidade, ou seja, a de ganharem dinheiro, de
agora em diante, não mais na especulação, mas na aposta na produção,
coisa que, ao longo da história da Nova República, eles não fizeram.
A reação do poder midático oligopolizado à presidenta da Argentina,
Cristina Kirchner, também, se explica por ai, porque ao abrir
possibilidades para outros grupos midiáticos surgirem, democratizando a
oferta de informação, uma outra fonte informativa, nacionalista,
entraria em cena.
Certamente, onda sul-americana, nese sentido, tende a ampliar-se. Tem
lógica uma Rede Globo, por exemplo, deter, em território nacional, mais
de 120 empresas associadas, para sintonizar o discurso global
anti-nacionalista, configurando crime de lesa pátria?
O poder midiático que vive de concessão patrocinada pelo Estado nacional
se coloca contra o próprio Estado nacional sob impacto da orientação
econõmica nacionalista. Um novo tempo está chegando, minha gente.
(Sintonia Fina/via Justiceira de Esquerda)
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