A 'sensação'

Desde a retumbante vitória de Sahid Xerfan, em 1988, para prefeito de Belém, que não se via o papelucho maiorânico tão assanhado e com tantas matérias em uma edição só a respeito como agora, às vésperas da posse de Zenaldo.
Lembremos que, mesmo antes de largar a prefeitura para disputar(e perder) o governo do estado, Xerfan já havia virado uma grande decepção para os cerca de 70% dos eleitores, os 30% restantes dele nada esperavam, que acreditaram que bastava um safari, um par de botas e alguns passeios em estivas para se fazer um bom administrador. Evidentemente, não se está dizendo que o memo acontecerá com o futuro alcaide, que chega ao cargo bem mais experiente do que chegou Xerfan aquela altura, embora pascácios de plantão acreditassem piamente que a experiência como comerciante seria credencial suficiente para o sucesso de sua administração. Não foi e a cidade é que saiu perdendo com os resultados.
Agora, diante de tanta euforia jornalística(nunca desinteressada), é criada uma expectativa maior de que os problemas deixados por D. Costa serão resolvidos em um rápido tempo de gestão. Se não for, virão as cobranças devidas e até as indevidas, fruto dessa expectativa. Espera-se que a solução não venha com a aplicação da fórmula lorótica, aquela que vive de 'sensações', seja a de insegurança seja a da esdrúxula sensação de bom governo. Obviamente, às custas de muitos recursos gastos em propaganda. Seria a onda de boas administrações nas páginas dos jornais e pífias em resultados práticos sentidos pela população.