Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Viva a diferença!

Vamos acabar com essa cretinice de achar que as críticas desferidas ao relator da CPMI do Cachoeira, deputado Odair Cunha, pelo retirada dos pontos que acusavam o prevaricador da República e os mafiosos do PIG de envolvimento com o crime organizado, é coisa de quem tem vocação pra 'cabo Anselmo'. Isto ,sim, é uma grosseira leviandade na medida em que tenta calar a divergência pelo recurso ao mais deslavado stalinismo.
Com efeito, é inconcebível que se queira aprovar por aprovar um relatório apenas para não desgostar aliados, nem que isso atente contra a histórica combatividade do partido, o aguerrimento de sua militância e principalmente contra a razão pela qual existimos, qual seja, a de lutar para a construção de uma nação socialista.
Claro que não se vai fazer revolução no parlamento, porém, ao poupar do desgaste pela mão na massa que resolveram colocar na pizza que se está assando aliados nossos que estão com a cabeça no nosso governo, mas o coração ao lado daqueles que nos querem destruir, corremos o risco de pagar um preço muito alto. O de continuarmos deixando pra lá até o infinito todas as vezes que chegarmos em encruzilhadas semelhantes, até nossa desfiguração total.
Fica claro que seria melhor perder a votação que nossa altivez e que cada um arcasse com suas responsabilidades, afinal, a população merece saber com quem conta, quando conta e quais os limites dessas alianças. E perdemos a oportunidade de nos diferenciar não por mero artifício político, mas por renunciar ao enfrentamento com quem realmente comanda a reação a um governo democrático e popular, bem como as conquistas que implantou ao longo dos últimos dez anos, a ponto de fazer uma socialite entediada bostejar que já não tem graça ir a Nova Iork porque o porteiro do prédio hoje em dia também poder fazer a mesma viagem.
Não dá pra entender, também, o por quê de PCdoB e PSB, nossos maiores aliados do campo de esquerda, sairem do episódio como se nada tivessem com o assunto. Assim como não dá pra entender como a sociedade civil, centrais sindicais, movimento estudantil et caterva não serem mobilizados para esse combate, já que se trata da questão nevrálgica que permeia esse embate, submeter a mídia golpista ao império da lei e ao regime republicano, doa a quem doer, inclusive a alguns coroneis midiáticos que juram ser aliados do governo.
Se continuarmos deixando pra lá certamente não brigaremos jamais com os aliados. E desconfio que nem será preciso, pois chegará o dia em que estaremos tão parecidos com eles que o povo brasileiro nem saberá mais quem é quem. E aí fará qualquer escolha. É tudo a mesma coisa, né?

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