Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Jornalixo a Policarpo

Se o advogado citado na célebre gravação desmentiu o mega larápio Mário Couto, então, por extensão, desmentiu o jornal que se prestou a publicar as tramóias do ex-bicheiro e assaltante dos cofres da Alepa sem checar a veracidade da fita, muito menos ouvir o advogado acusado de intermediário.
Pode-se até achar que esse caso é de "mau jornalismo", por conta de procedimentos escusos adotados, que geraram uma matéria vil. Porém fica claro que o intuito do jornal, ao veicular conteúdo tão flagrantemente suspeito, tinha apenas um propósito: afastar o juiz que agia com independência do processo contra Mário Couto, garantindo-lhe com a referida 'reporcagem' a impunidade em um caso que pode ter gerado um roubo de cerca de R$200 milhões. Muito mais do que o montante da AP Nº470, que motivou o cleptosenador em tela a apresentar projeto instituindo o 'Dia do Mensalão'.
Reforça, também, a convicção de que o jornalismo brasileiro, colocado acima da lei pelo STF a quando da revogação da famigerada Lei de Imprensa dos milicos, está se tornando fora da lei ao supor que o céu é o limite para manter intocáveis as negociatas que mantém essas corporações não só poderosas economicamente, mas, também, com um poder político anormal para criar fatos, destruir, construir reputações e sentenciar quem tem legitimidade e quem não tem legitimidade para o exercício do poder. Vontade popular? Apenas um desprezível detalhe. Lamentável!

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