Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Ato lembrará que presidente da CBF foi um dos carrascos de Vladimir Herzog

  
José Maria Marin era deputado estadual pela Arena,
partido que dava sustentação política ao regime militar. Foto: Reprodução
  
A Articulação Estadual pela Memória, Verdade e Justiça, composta por diversas entidades sociais, realizará neste domingo (11), em São Paulo (SP), um escracho contra o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin. O ato é motivado pelas ligações de Marin com a ditadura militar e por sua suposta responsabilidade na morte do jornalista Vladimir Herzog nas dependências do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), na capital paulista, em 25 de outubro de 1975.

A concentração será às 14h no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na avenida Paulista, região central de São Paulo.
Em 1975, durante a ditadura militar, Marin era deputado estadual pela Arena, partido que dava sustentação política ao regime. Em dezembro do mesmo ano, o atual presidente da CBF fez um discurso criticando a TV Cultura, que não cobriu um evento do governo, e exigiu que providências fossem tomadas quanto ao tipo de jornalismo praticado pela emissora para que a “tranquilidade” no Estado fosse retomada.
Dezesseis dias depois do discurso de Marin, o então diretor de jornalismo da TV Cultura, Vladimir Herzog, foi preso e assassinado no DOI-Codi. No dia seguinte à morte, o comando do Exército divulgou nota oficial informando que Herzog havia cometido suicídio na cela em que estava preso. Entretanto, no dia 24 de setembro deste ano, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou a retificação do atestado de óbito do jornalista, informando que sua morte foi causada por maus-tratos.
Com o fim do regime, Marin se candidatou a prefeito da capital paulista em 2000 e a senador dois anos depois, mas foi derrotado em ambas as eleições. Ele então se voltou para o mundo dos dirigentes esportivos. Depois de anos na vice-presidência da CBF, assumiu o comando do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014 e da presidência da entidade, após a renúncia de Ricardo Teixeira, acusado de corrupção.
(Brasil De Fato)

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