No Dia Internacional do Idoso, lembrado hoje (1º), o órgão destacou
que, enquanto a tendência de envelhecimento da sociedade é motivo de
celebração, ela também representa desafios, já que requer novas
abordagens relacionadas aos cuidados com a saúde, à aposentadoria, às
condições de vida e às relações intergeracionais.
Dados do Unfpa indicam que, no ano 2000, pela primeira vez na história,
foram registradas mais pessoas com idade acima de 60 anos do que
crianças menores de 5 anos. Até 2015, a expectativa é que os idosos
sejam mais numerosos que a população com menos de 15 anos. E, em apenas
dez anos, 200 milhões de pessoas devem passar a integrar o grupo.
Atualmente, de acordo com o estudo, duas em cada três pessoas com mais
de 60 anos vivem em países desenvolvidos. Até 2050, a proporção deve
passar a ser quatro em cada cinco.
“Se não forem observadas imediatamente, as consequências dessas
questões devem pegar países de surpresa. Em diversas nações em
desenvolvimento que têm grandes populações jovens, por exemplo, o
desafio é que os governos não têm colocado em prática políticas que
apoiem as populações mais velhas ou que sirvam como preparação para
2050”, destacou o Unfpa.
O levantamento mostra também que 47% dos homens idosos e quase 14% das
mulheres idosas em todo o mundo ainda estão inseridos no mercado de
trabalho. Muitos deles, segundo o órgão, são vítimas de discriminação,
abusos e violência.
O documento traz depoimentos de 1,3 mil idosos que vivem em 36 países –
inclusive da brasileira Maria Gabriela, de 90 anos. Ao Unfpa, ela
elogiou a aprovação do Estatuto do Idoso em 2003. “Temos o suporte da
lei e podemos exigir nossos direitos”, disse. “Agora, o que precisamos é
emprego e respeito nas ruas”, completou, ao citar problemas como
buracos nas ruas que provocam quedas e motoristas de ônibus
despreparados para lidar com idosos.
(Agência Brasil)
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