"Em 1998, Eduardo Azeredo, candidato ao governo de Minas Gerais pelo PSDB, utilizou as agências de Marcos Valério, a DNA e a
SMPB, para financiar suas campanhas. Estatais mineiras, como a Cemig e a
Copasa, carrearam recursos para um evento de motociclismo conhecido
como “Enduro da Independência”, que simulou gastos com publicidade. Na
relação de sacadores do mensalão mineiro, ou mensalão tucano, consta até
o nome do senador mineiro Aécio Neves, que teria recebido R$ 110 mil e
se elegeu deputado, antes de se tornar presidente da Câmara dos
Deputados, assim como João Paulo Cunha.
Diferentemente do mensalão petista, o caso de Minas Gerais não foi
para o Supremo porque os réus não foram denunciados por formação de
quadrilha. É por isso que Walfrido, diferentemente de Delúbio Soares e
muitos outros personagens que não têm foro privilegiado, está sendo
julgado em primeira instância. E, em Minas Gerais, o caso não andou.
No Supremo Tribunal Federal, estão apenas os réus do mensalão mineiro
que têm foro privilegiado, como é o caso de Eduardo Azeredo. Mas, ainda
que o caso seja anterior ao do PT, ele ficou engavetado. O ministro
Joaquim Barbosa, que deveria ser o relator, comentou que não havia o
mesmo interesse por parte dos meios de comunicação. Barbosa também já
avisou que não levará para seu gabinete o caso de Azeredo, quando
assumir a presidência da corte, em novembro. O processo, portanto, terá
que ser distribuído para um novo relator.
O caso do mensalão mineiro teve sua denúncia aceita pela Justiça
apenas em 2010, doze anos depois da ocorrência dos fatos, em 1998."
Diante disso que está posto acima, ou o relator da AP Nº470 vem a público e declara que dará curso ao julgamento do Mensalão Mineiro, inclusive explicando as razões de 12 anos de engavetamento, ou tudo que ele assacou contra seu colega, Gilmar Mendes, pode ser devolvido a ele em dobro.
(Informações do Brasil/247)
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