Dois larápios

"São Paulo vai votar em um administrador honesto, com história limpa, José Serra", diz FHC. Entretanto, FHC não pode ser considerado honesto, logo ele, que vendeu "o controle acionário da Vale, com financiamento oficial subsidiado aos compradores e uso de moedas podres, pela bagatela de US$3,3 bilhões(vale sessenta vezes mais) e atribuindo valor zero às suas imensas reservas de minério de ferro, capazes de suprir a demanda mundial por 400 anos". Essa transação foi tão tenebrosa que fez Antônio Ermírio de Morais, derrotado pelo consórcio vencedor liderado por Benjamin Steinbruch do Grupo Vicunha, dar a seguinte declaração, "Saí limpo disso e durmo em paz no travesseiro todas as noites". Certamente referia-se à propina paga pelos vencedores à campanha tucana para a reeleição de FHC, R$15 milhões.
Muito menos pode ser considerado honesto José Serra, cuja sociedade( negada pelo próprio Serra, mas confirmada por documentos) com o primo(dele) Gregório Marin Preciado, foi beneficiária de um empréstimo do Banespa, na época em que Serra era governador de São Paulo, no valor de R$21 milhões, "com indícios veementes de ilicitudes", segundo o Ministério Público Federal, aliás, uma das muitas falcatruas constantes do livro "A Privataria Tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Jr, a respeito da "fantástica viagem das fortunas tucanas até o paraiso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas". Tudo devidamente documentado e exposto como prova suficiente que a honestidade desses flibusteiros escorre pelos ralos das pias que lavam a tinta suja desses papeluchos que circulam no país e tentam obstinadamente vender essa honestidade de fancaria. Lamentável!