Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Senador de Cachoeira por um fio na volta do recesso


247_ Onde está o novíssimo senador Wilder Morais (DEM-GO), que assumiu de surpresa após a cassação de Demóstenes Torres para desaparecer logo em seguida? A grande expectativa de hoje no Senado é se o novo integrante dará o ar da graça no início dos trabalhos legislativos desse segundo semestre. O senador-empresário chega sob fogo cerrado, com o DEM exigindo explicações sobre seu relacionamento com o contraventor Carlinhos Cachoeira e o PT exigindo sua convocação para a CPMI.

Ontem Wilder causou constrangimento e mal estar generalizado ao simplesmente cabular, sem maiores explicações, cerimônia de entrega da Medalha do Guardião, alta honraria concedida pela Polícia Militar de Goiás a autoridades que prestaram relevantes serviços à corporação (qual seria mesmo o serviço prestado por Wilder?). Altas autoridades do Estado, entre elas o governador Marconi Perillo, levaram um bolo do senador.

A situação de Wilder não é das melhores. Flagrado em uma conversa telefônica com o contraventor Carlinhos Cachoeira, o senador neonato revela que, sem a ajuda do bicheiro, nunca teria galgado qualquer posição política (antes de assumir no Senado Wilder era secretário de Infra Estrutura do Governo de Goiás).

Diante das revelações, o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), exigiu que Wilder desse uma explicação pública sobre suas relações com o contraventor Carlos Cachoeira. Segundo diálogo grampeado pela Polícia Federal, o contraventor Carlos Cachoeira seria responsável por sua indicação ao posto. Wilder limitou-se a dizer no microblog Twitter que estava querendo se livrar de uma situação constrangedora.

Se do DEM lhe são exigidas explicações, para o PT a situação de Wilder é mais grave. O deputado Paulo Teixeira (PT/SP), vice-presidente da CPMI, pretende propor a cassação do novíssimo senador, alegando que seu mandato é fruto de uma organização criminosa.

Bilhetagem

Outro evento relacionado a Cachoeira é o depoimento do próprio, hoje, à Justiça do DF. Uma semana depois de prestar depoimento na justiça de Goiás, o contraventor deixa novamente o presídio da Papuda para prestar esclarecimentos, dessa vez ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). A audiência de instrução está marcada para esta tarde. Devem ser ouvidos durante a audiência o bicheiro e outros sete acusados de participação nos crimes investigados pela Operação Saint-Michel.

Entre as testemunhas de acusação está o secretário de Transportes, José Walter Vazquez, e os promotores do Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (NCOC) do Ministério Público do DF na operação Saint Michel que identificaram o esquema. Outro depoimento marcado é do ex-diretor administrativo-financeiro do DFTrans Milton Martins de Lima Júnior que foi afastado do trabalho quando as denúncias surgiram.

Como já ocorreu em outros locais onde Cachoeira prestou depoimento, o Bicheiro deve manter a estratégia da defesa e permanecer calado durante os questionamentos. Carlos Ramos está preso desde fevereiro.

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