Simão e a cura milagrosa

Em eleições majoritárias disputadas por muitos pretendentes, como parece ser o caso da próxima corrida à PMB, é sempre bom ter uma chapa de candidatos proporcionais com o máximo de densidade eleitoral possível e um vice que acrescente votos ao candidato, sob pena da perda de fôlego na reta final de campanha.
Pragmático como sempre, D. Costa anuncia hoje que vai de Anivaldo Valle, tendo como vice um nome do PTB, depois de ter pensado em Almir Gabriel, mas, este, segundo noticiou uma respeitada colunista, esteve por quatro vezes, só este ano, a necessitar dos serviços da UTI aérea do governo do Estado e ficou fora de combate, por isso Dudu aproveitou e lançou mão de uma solução caseira, no entanto, alguém que já vem jogando o jogo, vale dizer, conhece o "caminho das pedras" duciomarianas.
Há rumores dando conta de que o vice do petista Alfredo Costa sairá do PRB do pastor/vereador Raul Batista, este ligado à Igreja Universal sabidamente com votação expressiva e capaz de preencher amplamente aquilo de que se falou acima.
Portanto, ao PMDB, PSDB, PSOL e PPS, os outros concorrentes com grandes chances de vitória, sobrou muito pouco do quadro político disponível na cidade para montar uma chapa competitiva.
Evidente que tais circunstâncias não são garantia de vitória, porém, não resta sombra de dúvida que acirram a disputa e equilibram o jogo em um patamar que desconcerta aquelass previsões precipitadas, que usam pesquisas refletidoras de um certo recall como se fossem situações definitivas.
Talvez, essa circunstância tenha levado o governador a alugar o Hospital Galileu, na rodovia Mario Covas, disponibilizando boa parte dos recursos orçamentários do estado bancando o funcionamento desse hospital, pertencente ao pastor Gilberto Marques, líder de uma das alas da evangélhica Assembleia de Deus.
Resta saber se esse lance ousado de Simão, em favor do candidato tucano, será extensivo aos outros candidatos de sua base política. Se, não, como reagirão Priante e Jordy ao constatar que apenas Zenaldo é o sortudo beneficiário dos mimos da máquina governamental, afinal, o segundo turno de eleições costumam ser o veio por onde escorrem as mágoas que transbordam dos potes das malquerenças cultivadas.