Enquanto a violência cresceu 240% na capital paraense, nos últimos quinze anos, a taxa de evasão escolar no ensino médio de nossa capital está batendo nos 20%, uma das mais altas do país. Ou seja, de cada cem alunos matriculados, vinte não terminam os estudos naquela série.
Como são so jovens entre 16 e 29 anos que compõe em mais de 60% a população carcerária do Pará, não é difícil concluir que a educação está perdendo para o crime organizado parcela considerável daquele contingente populacional que deveria construir o nosso futuro. Não por acaso, a população considera "ruim" ou "muito ruim" o trabalho de nossa polícia, que, diga-se a bem da verdade, nada mais é do instrumento de um modelo ultrapassado de segurança pública, herdado dos tempos da ditadura militar, cujos paradigmas principais são o "desacato a autoridade" e a permanente desconfiança contra segmentos expressivos da sociedade civil, principalmente os de cor e pobres.
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