Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Rastilho de pólvora

A intenção do deputado Otávio Leite(PSDB/RJ), de convocar o governador do seu Estado, Sérgio Cabral, a depor na CPMI do Cachoeira pode ter reflexos aqui no Pará, onde o relacionamento entre Simão Lorota e o "coronel" Jader Barbalho lembra o de dois apaixonados em lua-de-mel.
Nos últimos dias, foram divulgados vídeos registrando eventos em Paris e Mônaco onde o governador do Rio de Janeiro e o presidente da Delta Construções, Fernando Cavendish, denotam ter uma amizade muito estreita e o governo do Rio contratou obras à empreiteira de Cavendish que já ultrapassaram a cifra de R$1 bilhão, desde que Sérgio assumiu o governo, em 2007. No entanto, a bem da verdade, até aqui não há notícia alguma dando conta de que esse dinheiro é fruto de algum contrato que tenha a característica de favorecimento ao empresário, como ocorreu na terra de Carlinhos Cachoeira.
Ocorre que Leite é candidato à prefeitura do Rio, cujo favorito é o pemedebista Eduardo Paes, ex-tucano e agora fiel aliado de Cabral, enquanto Leite mal supera o traço nas pesquisas até aqui realizadas. Então, para se auto impulsionar, intenta recorrer ao desgaste político do padrinho de Paes e tornar-se competitivo.
Lembremos que o Rio de Janeiro é a maior vitrine governamental pemedebista, com suas unidades de polícia pacificadora já servindo de modelo a outros estados, inclusive aqui no Pará. Logo, atingido o maior líder do PMDB carioca pode-se ter uma briga feia com tendências a nacionalizar-se, o que criaria dificuldades na manutenção dessa parceria lorótica/barbálhica.
Apesar do ar blasé e postura de outsider que vem mantendo Barbalho em relação à direção nacional do seu partido, bem como o caráter histórico de frente que o PMDB preserva, é pouco provável que um embate nacional entre tucanos e pemedebistas não respingue por aqui, afinal, se o motivo para atingir Cabral é a Delta, esta pode ser a arma usada contra os tucanos, principalmente no Pará e em São Paulo. Aguardemos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Vai respingar sim Na Ilharga. E não vai custar. O polvo tem tentáculos pelo Brasil todo. O Pará não vai ser exceção.