O trabalho no Brasil e no mundo e nossa mídia

Segundo o "Relatório Sobre o Trabalho no Mundo em 2012: Melhores Empregos Para Uma Economia Melhor", produzido pela Organização Internacional do Trabalho(OIT), o Brasil se recuperou da crise global que começou em 2008 e atingiu a taxa de 54,1% no quarto trimestre de 2011, dois pontos percentuais acima do nível pré-crise.
Diz o relatório, "O poder de recuperação do Brasil em relação à crise econômica tem sido impressionante. Grande parte do sucesso durante a recuperação deveu-se à mistura oportuna de políticas adotadas durante a crise".
Diz, ainda, que, para mitigar os efeitos da crise, programas existentes foram incrementadose outras iniciativas do governo foram introduzidas, como o fortalecimento do salário mínimo e a expansão de programas de proteção social.
Na contramão do que ocorre no Brasil e na América Latina, "existem 106 paises com riscos de perturbação social na Europa, na África subsaariana, no oriente Médio e norte da África, grosso modo, vítimas da armadilha da austeridade. Há um déficit de aproximadamente 50 milhões de postos de trabalho e, pior, é pouco provável que durante os próximos dois anos a economia mundial cresça em ritmo suficiente para reduzir esse déficit e oferecer trabalho a mais de 80 milhões de pessoas que se calcula entrarão no mercado, durante esse período".
Desgraçadamente, a Globo News, braço global no segmento de TV por assinatura, resolveu ocultar a situação positiva por que passa o Brasil optando por colocar a situação das bolsas do mundo todo, extensiva à Bovespa, como contraponto nacional à grave situação espanhola que a emissora martelava. O objetivo nítido era criar o sentimento negativo nas pessoas, pois, apesar do Brasil não ter um desempregado a cada quatro trabalhadores, como na Espanha, nossa bolsa opera em baixo e isso provocou perdas durante o mês de março, podendo ter como consequência um freio nos investimentos que mantém nossa economia aquecida.
Desmascarado o argumento pela recuperação da bolsa no final do pregão, as baterias voltaram-se contra a queda nas taxas de juro, através de uma delirante ameaça de uma improvável alta inflacionária, logo posta em dúvida por um consultor que era entrevistado. Então, sobrou para o Brizola Neto, novo ministro do trabalho nomeado há poucas horas do início do malsinado telejornal, que creditou na conta de Lula a influência pela dita nomeação.
Enfim, uma fragorosa derrota(mais uma) do jornalixo ricuperiano praticado em nosso país, cuja tática de conceder caráter universal a qualquer crime passional ocorrido no mais longínquo rincão,apenas para não dar o espaço devido à conjuntura nacional, porque esta não é do seu agrado, já dá sinais de exaustão. Ao que tudo indica, acelerada pelo desnudamento de suas relações promíscuas com o crime organizado. Credo!