Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Coisas do Brasil

Enquanto na Europa existem atualmente 17 milhões de desempregados, números oficiais, portanto sujeitos à manipulação, no Brasil sobram vagas para emprego no comércio, aquecido pela proximidade do Dia das Mães; há, atualmente, apenas 2300 imóveis para alugar no Rio de Janeiro, cuja população é estimada em mais de 6 milhões de habitantes, atestado inquívoco da alta procura;o Banco do Brasil informou que todas suas linhas de crédito com juros reduzidos dentro do programa "Bompratodos" tiveram aumento na liberação de empréstimos em abril em relação aos dados de março, com expansão que superou os 200%.No financiamento de veículos, por exemplo, a média diária passou de R$ 11 milhões antes do programa para R$ 28,7 milhões depois do corte nas taxas, alta de 156%. No BB Crediário, a alta foi de 238%; possivelmente, hoje, a presidenta Dilma Rousseff anuncie mudanças para a remuneração da caderneta de poupança a fim de preservá-la como aplicação centenária e popular, diferenciando-a da remuneração dos títulos vendidos no mercado financeiro, garantindo com isso o sucesso da política de redução de nossas taxas de juro.
O Brasil muda, mas o noticiário dos grandes conglomerados midiáticos continua igual aquela velhinha do filme de Akira Kurosawa, "Rapsódia em Agosto", que teve um descendente migrando para os EUA, fugindo dos terríveis efeitos da bomba atômica. Ao retornar, ele traz consigo a família que constituiu no continente americano do norte. Então, é marcada uma viagem dos que ficaram à nova terra dos que partiram. No final, na hora do embarque, todos dão por falta da dita velhinha que tinha vivido os horrores daquela selvageria. Encontram-na indo na contramão da trilha da viagem. Em meio a uma tempestade, ela caminha no rumo do monumento alusivo ao holocausto nipônico, talvez, a única referência que queira cultivar daquele triste episódio. Tal e qual o sentimento de nossa mídia em relação aos tempos tucanos.

Um comentário:

Guilherme Marssena disse...

Jogo do bicho absorveu agentes da ditadura militar
Prática revelada no esquema de Carlinhos Cachoeira, uso de arapongas por esquema de contravenção nasceu com decadência do SNI

Tales Faria e Adriano Ceolin, iG Brasília

A Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, mostrou neste ano que o bicheiro Carlinhos Cachoeira contratou ex-agentes da ditadura militar. Segundo o livro “Memórias de uma Guerra Suja”, o uso de policiais em esquema de contravenção teve início no processo de abertura política do País entre o fim dos anos 70 e começo dos 80. Uma cópia da publicação foi obtida com exclusividade pelo iG.

Em depoimento aos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros, o delegado de polícia Cláudio Guerra afirma que, com o encerramento das atividades dos grupos de combate à esquerda, muitos agentes ficaram sem função no Estado.

“Quando o SNI já estava na decadência, me arrumaram suporte financeiro, passei a ser ajudado pelo jogo do bicho”, diz Guerra. “(...) não me deixaram na mão, e a maneira encontrada para me bancar foi viabilizar a minha entrada no jogo”.

De acordo com Guerra, foi o coronel Freddie Perdigão que “o levou para o esquema”. Ainda segundo o livro, o delegado havia sido levado a agir em nome da ditadura pelas mãos de Perdigão. “Me recrutou, cooptou, comentou e treinou”, diz Guerra.


O ex-delegado dá os nomes dos comandantes da operação, “os mesmos de sempre”:

Ainda na publicação, o delegado que foi apresentado ao bicheiro carioca Castor de Andrade (1926-1997). Ele é reconhecido como um dos maiores e mais poderosos empresários do jogo do bicho de todos os tempos.

“A relação entre Castor e as Forças Armadas era tão próxima que ele tinha até uma credencial do Cenimar (Centro de Informações da Marinha)”, afirma. “Ele gostava de usá-la para dizer que era agente oficial da reserva”, completa.

‘Irmandade ainda existe’

Guerra relata que atuou com o chefe de segurança de todos os bicheiros do Rio de Janeiro e que, com a experiência adquirida, ele próprio tornou-se empresário. “Comprei uma parte das bancas do Zé Carlos Gratz (ex-bicheiro e ex-deputado estadual)”, diz.

O delegado afirma que, apesar da abertura política, ele continuou ajudando clandestinamente as polícias de São Paulo e do Rio de Janeiro. “Acabou a revolução, mas a irmandade continuou. A irmandade ainda existe, não morreu, os caras ainda servem uns aos outros”, finaliza.

A mais recente prova disso é a revelação da Polícia Militar de que o sargento aposentado da Aeronáutica, Idalberto Araújo, o Dadá, e o sargento da Polícia Militar do Distrito Federal, Jairo Martins, atuaram como arapongas no esquema de Cachoeira.

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