"A desigualdade econômica e social do Brasil segue em queda livre e a tendência, de acordo com a pesquisa “De Volta ao País do Futuro” divulgada hoje pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), é que ela siga caindo nos próximos anos.
A queda da desigualdade no Brasil cresce num ritmo três vezes superior à meta do milênio da Organização das nações Unidas (ONU), que é de reduzir a pobreza em 25 anos, conforme a pesquisa. Além disso, a renda média per capita do brasileiro cresceu 2,7% desde 2002, diz a publicação. “Estavam apostando que a queda de desigualdade daria uma parada, mas a verdade é que segue descendo”. O fator que demonstra essa queda é o crescimento da classe C, que deve englobar cerca de 60% da população em 2014, chegando a 118 milhões de pessoas, enquanto em 2003, a classe C representava apenas 65,8 milhões de pessoas.
Essa nova classe C, segundo a pesquisa, é mais sustentável e tem menos de dois filhos em média. Se compararmos com a década de 60, o número médio de filhos era superior a seis, conforme a publicação. Agora a classe C está mais preocupada com a educação desses filhos e com o emprego formal. A pesquisa ainda ressalta que o crescimento do Nordeste, de cerca de 42% de 2003 até 2011, vem sendo fundamental para o País. “No Nordeste há uma população gigantesca pronta para dar o salto da classe D para a C”, explica o economista, que compara, por exemplo, o Nordeste com o Sudeste, que no mesmo período cresceu apenas 16%."
Em qualquer lugar do mundo, esse feito é saudado como espetacular e deu ao ex-presidente Lula a oportunidade de receber homenagens em quase todos os continentes.
Porém, aqui no Brasil, os grupos midiáticos que detém o controle da informação fazem de tudo para relativizar essas conquistas a partir de um noticiário completamente descolado de nossa realidade econômica e social. Há uma tendência a priorizar os ocorridos na esfera policial, por sinal, adquirindo relevância manipulatória semelhante ao do período da ditadura militar, quando execuções de opositores ao regime de força eram transformados por esses veículos de desinformação em ação da polícia contra "bandidos" que reagiram à prisão.
Além desse aspecto, há também a desqualificação da atividade política, como se esta se reduzisse apenas a uma soma de procedimentos indecorosos inerentes a todos os atores dessa cena. As "exceções" são fabricadas por um noticiário tendencioso e sempre desmentido pelos fatos, conforme o exemplo recente oferecido pelo senador direitista Demóstenes Torres, tido e havido pela imprensa como inatacável, no entanto, sua íntima ligação com alguém que está preso porque exerce suas atividades laborais à margem da lei demonstra que o dito cujo não é tão probo assim como querem fazer crer os meios de comunicação.
Não se quer a volta daquele modelo do final dos anos 60 e início de 70, quando o país pegava fogo e a já poderosa Rede Globo destacava o sanguinário ditador de plantão com radinho de pilha no ouvido sendo saudado como torcedor número um. Todavia, é inegável que clima negativo criado em quase todos os noticiários da grande mídia tem a clara finalidade de ocultar o momento privilegiado que vive o país, ante um mundo em situação angustiada, conforme demonstra o estudo acima citado.
E isso tem uma finalidade. Infeliz e cinicamente resumida na recomendação da poderosa dirigente da ANJ, quanto ao papel a ser desempenhado por essas corporações. Ainda bem que, quanto mais eles deslustram, mais reluz a situação nacional. Se isso ajuda a manter nosso ciclo virtuoso, que eles continuem assim.
(Informações do Portal Terra)
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