Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Tucano truculento chama trabalhador de "parasita" e leva troco

Confronto verbal entre os senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) e Eduardo Suplicy (PT), marcou a audiência pública da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado destinada a debater as denúncias de atos de violência que teriam sido praticados pela polícia na desocupação da comunidade de Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), em 22 de janeiro.

Proposta por Suplicy o tucano Aloysio Nunes Ferreira disse que a polícia se preparou para uma ação “sem traumas”, mas, nos dias que antecederam à desocupação, líderes comunitários – que ele chamou de “parasitas”- teriam armado um “circo”, preparando a comunidade para uma reação. “A Polícia Militar tomou todas as precauções, mas tinha ali gente querendo brincar de insurreição. Pseudorrevolucionários que descumprem ordens judiciais para levar à radicalização de um processo político com vistas a não sei o quê.”

Suplicy reagiu mostrando raro nervosismo. “Ele acha que nenhuma pessoa foi ferida. E aqui está o senhor David Furtado, que levou um tiro de policial da Guarda Municipal”, disse o petista, ao lado de um dos moradores de Pinheirinho, atingido na coluna. E desafiou o tucano a assistir ao vídeo com cenas e depoimentos de vítimas. “Queira o senador Aloysio Nunes ter a dignidade de ver este filme com as cenas, demonstrando a violência ocorrida. E ele aqui veio dizer que funcionárias minhas fizeram declarações… Elas foram testemunhas da barbaridade ocorrida ali”, disse.

Um dos coordenadores do movimento, Waldir Martins de Souza, rebateu a crítica de Nunes Ferreira, que chamou os líderes de parasitas. “Eu acho que jamais alguém poderia chamar alguém de parasita sem conhecer a sua história, não é senador? (…) Trabalho desde os oito anos de idade. (…) Eu sou um cara trabalhador, com 35 anos de carteira fichada, e não sou nenhum parasita, certo? Parasita, você sabe muito bem o que é, e não sou eu, está bom?”

Conhecido como “Marron”, o líder relatou a organização da comunidade e disse que o que houve em Pinheirinho foi um “massacre”, um “estupro social”. Foi, segundo ele, “o poder do Estado mostrando que pobre não tem vez no Estado de São Paulo”.

No dia 22 de janeiro, 2 mil soldados da Polícia Militar de São Paulo foram executar uma decisão judicial de reintegração de posse em favor da massa falida do grupo Selecta S/A, do investidor Naji Nahas. Cerca de 1,6 mil famílias que ocupavam um terreno de 1,3 milhão de metros quadrados em São José dos Campos (SP), conhecido como favela do Pinheirinho, foram desalojadas.
(Amigos do Brasil)

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