Nesse imbroglio, envolvendo a toda poderosa Vale e algumas agências de publicidade do mercado paraense, que se sentiram ofendidas pelo aviltamento de seus trabalhos por um edital que as convida a prestar serviço gratuito à bilionária mineradora, salta aos olhos uma obviedade que em muito contribui para a proposta indecente.
Por que a Vale tomaria a iniciativa de oferecer um preço justo se já paga publicidade aos grandes veículos de comunicação do estado, disfarçada de matérias jornalísticas? Até o senador Jader Barbalho, que em sua coluna dominical tenta evitar temas polêmicos que digam respeito ao nosso estado, pouco antes de tomar posse no Senado, publicou um artigo defendendo a derrocada do Pedral do Lourenço, obra fundamental para a plena navegabilidade do rio Tocantins, com recursos exclusivos da União, quando se sabe que a Vale será a maior beneficiária da obra, daí o governo federal pressionar para que ela seja parceira nos gastos.
Depois da manifestação da ministra do planejamento, Mirian Belchior, Jader voltou a tocar no assunto? Simão Lorota voltou a tocar no assunto? A FIEPA e setores do empresariado tocam no assunto? Não. Pelo menos em público. Por isso, os preços da Vale no mercado paraense continuam a ser ditados por ela, e não pelo mercado. Lamentável!
Nenhum comentário:
Postar um comentário