A exceção que deveria ser regra

O primeiro caderno do Diário do Pará de ontem/hoje está bastante interessante porque suas matérias tratam de temas de interesse do cidadão de uma maneira geral, e não apenas do eleitor pemedebista ou consumidores de seus "produtos" jornalísticos.
Pena que a matéria a respeito da mobilidade urbana seja mais opinativa do que informativa, perdendo a oportunidade de dar conhecimento ao leitor de dados interessantes contidos em recente estudo do IPEA(disponível no site do instituto) sobre os hábitos adquiridos pelo usuário, ao longo dessas últimas décadas, para driblar o tempo enorme que desperdiça dentro do ônibus preso em um engarrafamento, por isso, hoje, na Região Norte, mais de 70% dos que precisam deslocar-se para o trabalho já usem a moto ou a bicicleta.
Poderia mais, a citada reportagem. Bem que poderia levantar a questão da mobilidade intermodal e já preparar o espírito dos candidatos objeto da reportagem da página três para que discutam esse que é um tema atual em praticamente todas as capitais e grandes cidades, exceção da Belém de D. Costa e Simão Lorota, este que criminosamente deixa um terminal hidroviário que já consumiu R$9 milhões do dinheiro público deteriorar-se; aquele que ignora revoltantemente a vigência da Lei Nº10.257/01, uma conquista da sociedade brasileira e um estorvo aos interesses escusos da dupla Duciomar/Morgado.
Que o jornal volte ao tema, dessa vez unindo o que pensam os pretendentes à sucessão de D. Costa com o que de mais atual tem dentro desse assunto, tão caro ao povo dessa cidade.